COMEÇANDO A PURIFICAÇÃO
Você provavelmente só está lendo
este artigo porque já se pegou pensando algumas vezes que existe algo de muito
errado com mundo, com a incapacidade de se diferenciar quem está dentro das
igrejas de quem está fora, e com as próprias pregações das igrejas.
Mas provavelmente admitir que
você tem esse sentimento não foi nada fácil, e te custou caríssimo, pois ele
veio acompanhado da seguinte dúvida: e agora, o que eu faço com tudo isso?
Você já deu o primeiro e o mais
importante passo de todos: você teve a coragem de investigar a verdade.
Você provavelmente conhece muitas pessoas que não teriam tanta coragem, seja
pelo medo de descobrirem estar erradas, seja pela ameaça de um líder espiritual
opressor, ou simplesmente pela vida comunitária.
E se você já deu esse passo,
certamente a promessa bíblica irá se cumprir para você:
“e buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.”
(Jeremias 29.13)
Quando chorando à noite, deitados
em nossa cama, em meio ao medo e ao desespero, levantamos nossa voz a ele e
dizemos “pai, seja qual for a verdade, revela-a a mim, pois quero te seguir.”
Tende bom ânimo! Porque é nesse momento que a jornada começa.
Nada mais lógico, portanto, que o
primeiro passo já dentro da caminhada propriamente dita seja uma grande
limpeza. Ou melhor, chamemos de purificação. Você está para começar um novo
relacionamento, com o seu esposo definitivo: o Messias Prometido.
Deve, portanto, remover aquilo
que diga respeito a outros deuses, para que possa a passar a se dedicar somente
a Elohim.
A primeira pergunta que surge é:
por que isso é importante?
Desde os tempos antigos, o sincretismo
religioso sempre foi um problema para o povo de Israel, que era acusado disso
constantemente nas Escrituras, como pode ser visto no texto a seguir:
"Temiam
também a Adonai, e dentre o povo fizeram para si sacerdotes dos lugares altos,
os quais exerciam o ministério nas casas dos lugares altos. Assim temiam a Adonai,
mas também serviam a seus próprios deuses, segundo o costume das nações do meio
das quais tinham sido transportados." (2 Reis 17.32,33)
Esse problema do sincretismo
religioso também foi vivenciado pelos israelitas seguidores de Yeshua, pois o
apóstolo Paulo assim escreve a comunidade de Corinto em duas ocasiões:
"Não podeis
beber do cálice do nosso Adon (Senhor) e do cálice de demônios; não podeis
participar da mesa do nosso Adon e da mesa de demônios." (1 Coríntios 10
21)
"Que harmonia
há entre o Messias e belial ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que
consenso tem o santuário de Elohim com ídolos? Pois nós somos santuário do Elohim
vivo, como Elohim disse: neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o
seu Elohim e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e
separai-vos, diz Adonai e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei. (2 Coríntios
6:5-7)
Você pode perceber por essas
passagens que o Eterno não ficava muito feliz com o povo quando este misturava
elementos da sua adoração com elementos de religiões politeístas ou pagãs, não
apenas pela idolatria, mas também porque ele abomina essas práticas e proibiu seus
filhos de copiarem tais práticas religiosas:
"...Tenham o
cuidado para não serem enganados e para não se interessarem pelos deuses delas,
dizendo: 'como essas nações servem aos seus deuses? Faremos o mesmo.' não
adorem a YHWH vosso Elohim, como fazem essas nações, porque, ao adorarem os
seus deuses, elas fazem todo tipo de coisas repugnantes que YHWH odeia, como
queimar seus filhos e filhas no fogo em sacrifício aos seus deuses." (Deuteronômio
12:30,31)
Os motivos são bem simples de
entender: essas práticas eram abomináveis, arraigadas no misticismo e na
superstição, e odiosas. Além disso, como Paulo explica a Corinto, o Eterno não
deseja misturas. Não pode haver relação entre o santuário de Elohim, e o dos
demônios, que são adorados e idolatrados em tais religiões.
O Messias, como nosso esposo,
deseja que sejamos puros e exclusivamente dedicados a ele. Não muito diferente,
é verdade, do que desejamos de nossos cônjuges quando nos dedicamos a eles no
casamento.
Tendo ficado claro que o Eterno
não se agrada de sincretismo religioso, partamos para o lado prático da
questão: o que devo fazer?
Para remover coisas associadas à
idolatria e ao passado, é preciso que você saiba identificá-las. Esse
conhecimento te libertará, para que você possa purificar a sua vida para esse
novo começo. Nesta série de estudos iremos abordar apenas superficialmente os
elementos principais, só para embasamento. Mas é importante que você pesquise
sobre esses temas, que leia com mais profundidade sobre cada um deles, para que
possa tirar suas dúvidas.
Um importante fato a compreender é
que o sincretismo religioso também é uma poderosa arma e que ao longo da
história humana, foi empregada por governos para controle das massas. Por
exemplo, o império romano e a sua famosa “pax romana”. Sobre isso, a Enciclopédia Católica afirma:
"...os
romanos gradualmente receberam todas as religiões dos povos a quem subjugaram,
de modo que Roma se tornou o 'templo de todo o mundo' "
A estratégia adotada era simples:
não acabar com as religiões locais, mas sim incorporá-las à religião romana, de
modo que Roma se tornasse o centro de todas as coisas, unificando todas as
religiões.
Quando o imperador Constantino
oficializou o cristianismo como religião do império, por motivos meramente
políticos, apenas deu continuidade a filosofia do sincretismo, incorporando a
religião cristã já despojada de sua origem judaica, ao bojo de religiões que
compunham o império.
Nesse sentido, a primeira coisa
que é necessária abandonar são justamente as festividades romanas, como o
natal, o ano novo, e a “páscoa” romana, sendo os dois primeiros considerados ritos
pagãos incorporados ao cristianismo como descreve o bispo Louis Laravoire
Morrow:
“Na história da
igreja, nós encontramos que ela frequentemente cristianizou festivais pagãos,
fazendo uso das datas e cerimônias, e concedendo a eles um significado
inteiramente novo e cristão.”
O natal e o ano novo têm suas origens nas celebrações de inverno, centradas no evento do solstício, e que
dizem respeito à comemoração de deuses pagãos. Essas celebrações, como diz o
bispo, foram “cristianizadas”:
“Mitra é uma luz,
uma divindade solar de algum tipo, o dia 25 de dezembro era observado como seu
aniversário, o natalis invicti, o renascimento do sol do inverno,
inconquistável pelo rigor da estação.” [2]
“As nações cristãs
não concordavam com a data do ano novo. Elas não se opunham ao primeiro de
janeiro como princípio do ano, mas sim às extravagâncias pagãs que o
acompanhavam.” [3]
Em relação a “páscoa” romana não
é, ao contrário do que possa parecer, a celebração do evento bíblico com o
mesmo nome, mas sim o sincretismo de uma festa pagã da primavera com a
celebração bíblica, desde a forma de calcular a data, passando pelos costumes,
e em algumas línguas o próprio nome da celebração, tudo sendo engendrado por Roma
para sincretizar a celebração bíblica com a festa pagã:
"O fato de os
festivais de primavera serem gerais entre os povos pagãos, sem dúvida, tem
muita relação com a forma assumida pelo festival pascal nas igrejas cristãs. O
termo inglês easter é de origem pagã" [4]
Mesmo assim, essa festa permanece
sendo celebrada nas igrejas posteriores ao catolicismo na mesma data fixada
pelo Vaticano, seguindo as mesmas tradições e desprezando os elementos
bíblicos!
Como podemos perceber, essas
celebrações devem ser totalmente desprezadas por aqueles que buscam um
relacionamento verdadeiro com o Eterno, Elohim de Israel.
Aproveite e reveja sua vida com
relação a outros elementos. Será que você tem em sua casa alguma escultura,
imagem ou símbolo que desagrada ao Eterno, e que você ainda tem dito para si
mesmo que “não tem nada demais”? Talvez tenha sido um presente de algum amigo
ou parente. Faça como Josué e tome uma decisão definitiva:
“Porém, se vos parece mal aos
vossos olhos servir a YHWH, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem
serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em
cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos a YHWH” (Josué 24.15)
Você provavelmente, a essa altura,
já deve estar imaginando o custo que isso terá perante a sua família, se você
tiver familiares religiosos que sigam tais elementos. Saiba que você não está
sozinho. Todos nós sofremos muita perseguição ao abandonarmos esses elementos,
porque é uma forma de servir ao Eterno que não se conforma com esse mundo.
Yeshua já sabia do alto preço de
se dedicar a ele em meio a um mundo espiritualmente depravado e por isso nos
disse:
“Se alguém vier a
mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e
ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26)
Lembre-se das palavras de Yeshua:
“Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis
descanso para as vossas almas.” (Mateus 11.29)
Mas fica aqui um parêntesis
importante: muita gente confunde ser firme em suas convicções com ser duro.
Aliás, para ser sincero, eu diria que a maioria das pessoas já fez isso em
algum momento.
Devemos tomar o jugo de Yeshua,
mas existe outro elemento importante: aprender a ser manso e humilde. Ao lidar
com a sua família, procure ser manso, humilde, não responda a provocações,
procure discutir alternativas e estratégias, sem renunciar a suas convicções.
Mostre a eles que seu amor por eles não mudou pelo fato de você agora ser um
seguidor de Yeshua. Mesmo assim, esteja ciente de que você pagará um preço por
servir ao Messias.
Francisco
Adriano Germano
Compilação
de diversas fontes
Notas
[1] My catholic faith: A Manual
of Religion, pg. 416
[2] Catholic encyclopedia, Mithraism
[3] Catholic encyclopedia, New
year's day
[4] Albert Henry Newman, A Manual
of Church History, pg. 299
Parabéns irmão Adriano pelo excelente trabalho que maravilhoso poder aprender q teshuva não é mais uma religião,e sim um mofo de vida a qual devemos abandonar as praticas das Nações a nossa volta é realmente seguir ao Eterno por meio do Messias YESHUA, como nosso único Senhor a quem devemos nos dedicar totalmente.
ResponderExcluirhallelluy'ah 🙏🙌👏👏
Shalom, todah rabah! Que o ETERNO te abençoe!
Excluir