Pular para o conteúdo principal

5 MOTIVOS PARA CELEBRAR AS SOLENIDADES BÍBLICAS

 


Hoje vamos abordar o tema das festas bíblicas: porque é importante celebrar as solenidades bíblicas. E gostaria de começar com a seguinte pergunta:

 

POR QUE ESTAMOS CELEBRANDO?

 

Vivemos em um tempo em que a maioria das congregações que creem no Messias abandonaram completamente as solenidades bíblicas. Praticamente não vê igrejas celebrando-as. Em seu lugar foram adotadas uma série de festas que, quando analisadas mais profundamente suas origens, percebe-se que são festas instituídas pela igreja romana, sendo muitas delas importadas do paganismo. Cito como exemplo o Natal e a Páscoa Cristã, esta última realizada na data da deusa da fertilidade nas culturas do Hemisfério Norte.

 

A justificativa para isso costuma ser a seguinte: essas pessoas alegam que as solenidades bíblicas, nos tempos atuais, não têm mais a devida importância, porque elas ficaram no passado, elas não fazem parte do “Novo Testamento”. Elas são algo que se referia ao “Antigo Testamento”, já ultrapassada, coisa de judeu.

 

Esse artigo tem por objetivo ser uma introdução breve sobre o tema, sem entrar em grande profundidade, porque é um tema muito rico e a proposta é só instigar o leitor a perceber que as solenidades bíblicas são muito importantes e procurar estudar mais o tema, se aprofundar mais nessa questão.

 

Listarei a seguir os 5 motivos para celebração das solenidades bíblicas.

 

ELAS SÃO UNIVERSAIS

 

Vamos analisar uma passagem que é escatológica e que aparece em Zacarias 14.9,11 que diz assim:

 

E YHWH será rei sobre toda a terra; naquele dia um será YHWH, e um será o seu nome[...] E habitarão nela, e não haverá mais destruição, porque Jerusalém habitará segura. (Zc 14.9,11)

 

Esse é um texto que se refere ao fim dos tempos. Essa passagem continua e diz assim:

 

E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos. (Zc 14.16).

 

Claramente se verifica que a festa dos tabernáculos (Sukot) aparece sendo celebrada no fim dos tempos. Aí fica uma pergunta para aquelas pessoas que dizem que as festas bíblicas foram abolidas e que já não são mais importantes: como uma festa abolida aparece sendo celebrada por fim dos tempos? E ainda por cima com a importância suficiente para ser mencionada na Bíblia de forma tão veemente.

 

A Bíblia confirma que as solenidades bíblicas são perpétuas. Em Levítico 23.42 diz assim:

 

E celebrareis esta festa a YHWH por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no sétimo mês a celebrareis. (Lv 23.42)

 

A palavra perpétua, segundo a definição em dicionário, diz respeito a algo que existe para sempre, vitalício, imutável, inalterável, e que não fica obsoleto.

 

Voltando ao texto de Zacarias, ele informa:

 

E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir à Jerusalém, para adorar o Rei, YHWH dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva (a chuva - temática da chuva está muito associada a festa dos tabernáculos porque a festa dos tabernáculos acontecia numa época um pouco anterior justamente o período das chuvas) e se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela chuva. Virá sobre eles a praga que YHWH ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos. Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos. (Zc 14.17,18)

 

Até aqui vimos o seguinte: as famílias da terra sobem também para celebrar a festa dos tabernáculos. Inclusive é dito aqui que não é uma ação opcional. YHWH diz que é pecado se essas famílias não subirem para celebrar a festa dos tabernáculos.

 

E essa festa não é uma festa exclusivamente de judeus, mas uma festa que se aplica a todos.

 

Que conclusões podemos chegar após a leitura desses dois textos:

 

• As solenidades bíblicas não foram abolidas e que duram eternamente;

• As solenidades bíblicas são para todas as nações de seguidores Yeshua e não apenas para os Judeus.

 

Segundo motivo pelo qual devemos celebrar as festas bíblicas:

 

PAULO X SOLENIDADES BÍBLICAS

 

Por que Paulo? Porque muitos dizem que Paulo aboliu as festas. E aí quando dizem que Paulo aboliu as festas normalmente o texto que se usa é o texto de Romanos ou texto de Colossenses, que são os dois principais. Existem alguns outros, mas seguem mais ou menos na mesma lógica:

 

Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz[...] (Rm 14.5,6)

 

Aí dizem aqueles que se opõem as solenidades bíblicas o seguinte: para mim não faz diferença um dia para o outro, então eu não sou obrigado a cumprir as solenidades bíblicas.

 

E o texto de Colossenses 2.16 diz assim:

 

Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. (Cl 2.16)

 

Quais são os problemas dessa leitura:

 

1) O primeiro problema é o seguinte: Precisamos decidir quem está certo, se é Paulo ou se é Zacarias. Zacarias demonstra claramente que as solenidades bíblicas serão celebradas no final dos tempos, ou seja, as solenidades bíblicas permanecem contínuas em sua observação, conforme diz a Torah. Então, Paulo estaria automaticamente errado se Paulo estivesse tendo isso em mente, de fato. Agora, se Paulo está certo, então, nós não poderemos ficar com texto de Zacarias porque são textos naturalmente contraditórios por essa leitura.

 

Porém, uma leitura alternativa é perfeitamente possível. Isso não é difícil de se conseguir. Porque se olharmos para o contexto da citação em Colossenses, veremos que Paulo falava contra tradições e não contra as festas bíblicas:

 

Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens[...] (Cl 2.8)

 

As solenidades ordenadas por YHWH não são tradições dos homens. Não dá para imaginar que algo que YHWH determinou em sua Torah seja considerado como uma tradição. Tradição é algo que naturalmente é criado pelo próprio ser humano.

 

Veremos alguns exemplos de tradições contra as quais Paulo fala e é evidente no texto. Porém, é importante destacar que, quando Paulo fala contra as tradições, não significa dizer que Paulo seja contra uma tradição si, mas sim contra a imposição da tradição, o que se tornou em um grande problema dentro do Judaísmo. Aliás é um problema enorme até hoje. Uma série de elementos que deveriam ser tradição são impostos como norma de vida religiosa, como se YHWH as tivesse determinado.

 

Algumas dessas tradições eram simplesmente dias comemorativos. A Enciclopédia Judaica nos diz o seguinte:

 

“Os judeus de Alexandria observavam dias memoriais alegres: um para comemorar seu escapar de Ptolomeu VII (3 Mac 4.36), outro em honra à tradução da Bíblia para o grego”.

 

Esses são dois eventos relacionados que não estão na Bíblia. Não há nenhum problema, porém, muitos desses dias eram impostos pelas comunidades judaicas.

 

2) Segundo: Temos acréscimos sim às Escrituras (até de “sábados”). Isso vemos no manuscrito do Mar Morto 11Q19, que é o chamado manuscrito do Templo, na coluna 14:

 

“No primeiro dia do primeiro mês é o princípio dos meses do ano não fareis nenhuma obra.”

 

A Bíblia até menciona o primeiro mês do ano no seu calendário, porém, a Bíblia não diz que o primeiro dia do primeiro mês é um sábado, é um dia para não se fazer obra. A Bíblia em momento algum afirma isso. Portanto, aqui temos um acréscimo de um sábado, de um shabat que não estava na Bíblia.

 

No Talmude, encontramos rabinos procurando justificar alguns costumes que foram importados dos pagãos e incorporados em Chanucá, como a Calenda e a Saturnália, dizendo o seguinte: “não, os pagãos distorceram algo que foi criado por Adão”. Vejam o que diz o Talmude Bavli e Avoda Zará 8A:

 

“Nossos rabinos ensinaram: [Adão] apontou ambos [ie. a Calenda e a Saturnália] por festas. Agora, ele o fez em razão dos céus, mas os [pagãos] os apontaram em razão da idolatria.”

 

Isso não é verdade. Com relação a Saturnália, por exemplo, ela é muito, muito posterior, remonta a uma época do império romano que já estava bem consolidado. Ou seja, não é uma festa que vem dos tempos de Adão. E segundo, isso aqui é obviamente um pretexto para se celebrar uma festa pagã.

 

O que se percebe com isso é o seguinte: essas festas estavam sendo utilizadas e impostas nas comunidades judaicas e havia uma grande confusão com relação a elas, porque elas eram colocadas como festas obrigatórias e não eram sequer solenidades bíblicas estabelecidas por YHWH. E é justamente essas tradições humanas, impostas sobre os seguidores de Yeshua é que Paulo fala claramente.

 

Vejamos agora o terceiro motivo pelo qual devemos celebrar as solenidades bíblicas:

 

FALAM DA OBRA DE YESHUA

 

Veremos um exemplo de como isso acontece. Vamos analisar a festa dos tabernáculos. A Bíblia diz o seguinte sobre a festa dos tabernáculos em Levítico 23.41,42:

 

E celebrareis esta festa a YHWH por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas[...] (Lv 23.41-42).

 

Além disso a Mishná, relata os seguintes costumes sobre a festa dos tabernáculos:

 

“E candelabros dourados eram postos com quatro cubas douradas no topo[...] Os candelabros tinham cinquenta cúbitos de altura e, do monte do Templo, alcançavam toda Jerusalém.” (Suká 5.2)

 

A festa dos tabernáculos é também conhecida como festa de luzes, sendo este um elemento muito marcante. Isso acontecia principalmente durante a cerimônia da libação, uma cerimônia associada a salvação. Como salvação e luz estão intrinsecamente associadas havia, então, essa prática.

 

Os sacerdotes colocavam os candelabros no pátio do Templo, iluminando tudo ao redor. Aquela luz que vinha do Templo emanava por toda a Jerusalém e as próprias pessoas, o próprio povo também nas praças colocavam os seus candelabros para também iluminarem os locais. Era uma festa muito bonita.

 

Sabemos que Yeshua nasceu nessa época de festa bíblica. E sabe por quê? Porque sendo uma festa de peregrinação, Yossef (José) e Miriam (Maria) estavam peregrinando para Jerusalém. A partir de então, se percebe alguns elementos que já dão indícios de que Yeshua é nascido por volta da festa dos Tabernáculos. Isso é uma conclusão que inclusive os principais historiadores também confirmam.

 

Eu não vou entrar em detalhes porque não é o escopo deste artigo, mas vejam que coisa interessante. Em Lucas 2.7 aparece que Yeshua teria sido colocado numa manjedoura. O mais interessante é que a palavra que aparece, tanto no grego quanto no aramaico, que é traduzida normalmente como manjedoura também poderia ser traduzida como uma tenda, com uma suká.

 

Yeshua nasceu por volta da época da festa dos tabernáculos e é posto no local que pode ser traduzido como tenda. Então aqui fica muito claro que, na realidade, Yeshua não foi posto uma manjedoura, mas foi posto em uma suká.

 

E vejam só outro fato interessante. Se pegarmos esses elementos da festa dos tabernáculos e lermos João cap. 1, perceberemos que João estava fazendo um estudo em cima da temática da festa dos Tabernáculos quando ele fala do nascimento de Yeshua.  Porque ele fala que o verbo encarnado tabernaculou. A palavra que em algumas tradições aparece como habitou é tabernaculou entre nós. Então, vejam que fato interessante e que tem a ver justamente com a festa dos tabernáculos.

 

Vemos também que João usa a palavra verbo e usa a palavra luz nesse mesmo capítulo para se referir a Yeshua, os quais são elementos da festa dos tabernáculos. Portanto, nós tabernaculamos com YHWH ou podemos dizer que Ele tabernaculou em nosso meio.

 

Pense você em Jerusalém naquela escuridão. O monte do templo ficava mais acima. Tinha uma panorâmica da cidade. De repente aquela luz do candelabro do templo brilhava sobre as trevas de Jerusalém. Exatamente essa imagem que João constrói quando ele fala do nascimento de Yeshua.

 

Essa é uma simples conexão das festas bíblicas com Yeshua. Existem outras muito, muito mais profundas do que isso que encorajo o leitor a estudar.

 

Quarto motivo pelo qual as festas bíblicas são importantes:

 

ENSINAM SOBRE NOSSA JORNADA ESPIRITUAL

 

As solenidades bíblicas podem ser separadas em dois grupos: festas de Primavera e as festas de Outono.

 

As festas de Primavera: Temos primeiramente o Pessach, chamado Páscoa, cuja temática é essencialmente libertação e salvação. Então, pense na sua vida espiritual. A primeira coisa que acontece com você é ser liberto, ser salvo da escravidão do pecado, exatamente como no Pessach aconteceu com o povo.

 

Em seguida, logo depois disso, vemos Matzot, a festa de pães ázimos. E os pães ázimos, o eliminar o fermento de casa, representa também o processo de expurgar o pecado, de remover o pecado das nossas vidas. Então, você é salvo e começa um processo na sua vida de se livrar do seu pecado.

 

E o que acontece depois disso em termos de cronologia das solenidades bíblicas?

 

Temos Shavuot, que é a festa da recepção da Torá e da recepção da Ruach HaKodesh/ Espírito de Santidade. Nós vemos a recepção da Torah, no “Antigo Testamento”, e a recepção do Espírito de YHWH, no “Novo Testamento”.

 

Isso tem muito a ver também com a nossa vida espiritual, porque você é salvo, depois você começa a expurgar o seu pecado e em seguida, você está pronto para começar a receber a instrução da Torá para viver uma vida em santidade para com os mandamentos de YHWH e recebendo a Ruach Hakodesh, o Espírito Santo, para te permitir viver uma vida de santidade. Inclusive, é dito no “Novo Testamento”, que o Espírito Santo foi dado àqueles que obedecem. Justamente, o Espírito Santo tem esse objetivo de facilitar nosso viver no reino de YHWH.

 

As festas de Outono. Temos a primeira delas Yom Teruah, que é o dia do brado ou dia do toque da shofar, que tem a ver com o anúncio do reino de YHWH.

 

Então, reparem, em um fato interessante. Você já foi salvo, já começou a expurgar o pecado e você já começou aprender a viver os mandamentos de YHWH e recebeu o Espírito para poder te auxiliar a viver no reino de YHWH. E aí você chega para o ponto do anúncio do reino. Esse é o momento em que nós devemos entender que o reino de YHWH está próximo e que o reino dEle não é unicamente uma vida voltada para nós mesmos, mas voltada para um reino que virá e que precisa, inclusive, ser anunciado. Esse é o próximo passo numa etapa de desenvolvimento espiritual.

 

Assim sendo, a próxima etapa que sucede a isso é justamente a temática do Yom Kipur, que é o afligir a alma, que é o negar-se a si mesmo. Porque se há um reino e se eu devo viver em prol do reino eu não devo mais buscar o que é melhor para mim. Eu devo buscar o que é melhor para o reino. Eu devo servir ao reino e não servir a mim mesmo.

 

E a partir daí vamos para a temática de Sukot, Tabernáculos, que é o momento seguinte ao afligir de sua alma, de negar a si mesmo para, a partir desse ponto começar a experimentar o que de fato é uma vida de tabernacular com Yeshua.

 

Inclusive, a festa dos Tabernáculos se refere a um tempo em que o povo habitava no deserto, porém, havia fortemente a presença de YHWH como uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite. Então, YHWH estava permanentemente com o povo.

 

Da mesma maneira, entendemos que devemos viver no deserto até chegar à terra da promessa. Porém, estamos alegres porque tabernaculamos com Yeshua.

 

E por fim, Shemini Atseret que é o último dia que se sucede a Sukot, que é o oitavo dia, que trata da promessa de uma nova criação.

 

Tabernáculos se refere a um ciclo. O número sete na Bíblia tem essa ideia de um ciclo de tempo e Shemini Atseret, que é o oitavo dia já se refere a um novo ciclo, ao início de um novo ciclo que trata do quê?  Da promessa de uma nova criação, de uma nova vida.

 

Ao olhamos para nossa vida, veremos nosso sofrimento e as perseguições por conta de nossa Fé em Yeshua. Porém, recebemos a promessa de uma nova criação, de novos céus e de uma nova terra.

 

E assim como as festas bíblicas são cíclicas, acontecem ano a ano, a nossa vida espiritual é cíclica. A gente não simplesmente estaciona nessas fases, mas a gente cicla nessas fases. Então, você pode também olhar para as festas bíblicas e perceber em que ponto da sua jornada espiritual você está e a partir daí, buscar o que você precisa para o seu desenvolvimento.

 

Quinto motivo:

 

A CRONOLOGIA DO FIM DOS TEMPOS

 

As festas bíblicas também ensinam sobre a cronologia do fim. Vamos comparar aqui algumas passagens bíblicas:

 

Fala aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, ao primeiro dia do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação. (Lv 23.24)

 

Essa é uma festa que sempre foi bastante misteriosa. Que tipo de memorial essa festa se referia. A Bíblia não fala, ela simplesmente diz que nós temos um memorial do toque do shofar, toque da trombeta, porém ela não diz o que isso simboliza.

 

Então os rabinos, com o passar do tempo chegaram à conclusão de que isso se refere ao fim dos tempos. Vejamos aqui uma outra passagem:

 

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Elohim; e os que morreram no Messias ressuscitarão primeiro. (1 Ts 4.16)

 

Veja que interessante. Sha’ul (Paulo) sabia desse entendimento sobre Yom Teruá, o dia do toque do shofar se referindo ao fim dos tempos e usa esse entendimento em Tessalonicenses. Podemos verificar que as solenidades bíblicas nos ensinam sobre essa cronologia, como estampado aqui, onde desde os tempos antigos, Yom Teruá é associado ao dia do juízo na tradição judaica.

 

Não é à toa que em Daniel 7.25 lemos que o inimigo mudou os tempos de YHWH. Por que Yeshua nos manda estarmos atentos aos sinais que vão preceder a sua volta? Mas para estarmos atentos a esses sinais, precisamos conhecer as solenidades bíblicas.

 

Esse é simplesmente um exemplo de como as solenidades bíblicas estão relacionadas ao fim dos tempos. Existem inúmeros exemplos de outros elementos das solenidades bíblicas que se referem ao fim dos tempos.

 

Ora, se você se esquece das solenidades bíblicas, se você muda o tempo de celebração delas, essa conexão que elas possuem com período do fim dos tempos se perdem para os seguidores de Yeshua.

 

Creio que se conseguiu perceber a grande importância que as solenidades bíblicas tem para nós. O fato de que elas não foram abolidas, que continuam bem presentes em nossos dias, servem como marcadores da obra e dos tempos de YHWH.

 

Sha’ul Bentsion

Texto revisado por Francisco Adriano Germano

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A INCOERÊNCIA TEOLÓGICA

    Dias atrás estava conversando com alguns evangélicos e sobre o porquê de seguirem aquilo que seguem. Por exemplo: a mulher não poder usar calça, o crente não poder fazer tatuagens, dentre outras coisas.   Quando questionados, claramente em alto e bom som, a maioria fala que não! Retruquei com um simples por quê? Um respondeu: - "Acho que pode sim, não vejo problema algum!"   Outro contrariando, falou: - "O pastor diz que a mulher não pode usar calça e pronto!"   E outro complementou: - "O pastor disse, mas eu não vejo nada na Bíblia que fala de mulher não poder usar calça!"   Um mais ferrenho disse: - "Isto é doutrina, então deve ser seguido!"   Aí perguntei: - "Doutrina? Baseada em que? Por acaso está na Bíblia?"   Recebi uma resposta: - "Tem sim! Na Bíblia, numa parte fala que a mulher não pode usar roupa de homem, e homem não pode usar roupa de mulher!"   Está aí a resposta, ent

EM QUE DIA MORREU YESHUA: SEXTA OU QUARTA-FEIRA?

    É verdade que Yeshua (Jesus) ressuscitou no domingo de manhã? Alguns advogam que o domingo se tornou o dia de guarda, baseados nesta ideia. Seria isto verdade? É certo considerar parte de um dia, como sendo 24 horas?   O MASHIACH E O SINAL DE JONAS   Sem levar em conta a história de Jonas, não haveria prova positiva com a qual refutar o protesto de que o Mashiach (Messias) da Bíblia era um impostor; porque Ele mesmo disse para alguns incrédulos escribas e fariseus, os quais duvidaram de sua verdadeira identidade, embora o tenham visto fazer milagres, que não seria dado outro sinal além daquele de Jonas, para justificar a sua afirmação messiânica.   Então alguns escribas e fariseus lhe disseram: Mestre, gostaríamos de ver da tua parte algum sinal. E Ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas. Pois como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do home

FÉ NO FUTURO

    Alguma medida do radicalismo que é introduzido no mundo pela história do Êxodo pode ser vista na tradução errada das três palavras-chave com as quais Elohim Se identificou a Moisés na Sarça Ardente.   A princípio, Ele se descreveu assim:   “Eu sou o Elohim de teu pai, o Elohim de Abraão, o Elohim de Isaque e o Elohim de Jacó” .   Mas então, depois que Moisés ouviu a missão para a qual seria enviado, ele disse a Elohim:   “ Suponha que eu vá aos israelitas e lhes diga: 'O Elohim de seus pais me enviou a vocês', e eles me perguntam: 'Qual é o nome dele?' Então o que devo dizer a eles? Foi então que Elohim respondeu, enigmaticamente, Ehyeh Asher Ehyeh (Ex. 3:14).   Isto foi traduzido para o grego como ego eimi ho on , e para o latim como ego sum qui sum , significando 'Eu sou quem sou', ou 'Eu sou Aquele que é'. Todos os teólogos cristãos primitivos e medievais entenderam que a frase falava de ontologia, a natureza metafísica da e