Embora a consciência da brevidade
da vida seja inerente ao ser humano, a ânsia por realizações grandiosas e o
desejo de deixar um legado duradouro o impulsionam a buscar feitos notáveis que
elevem sua reputação.
E apesar de suas grandes
conquistas, muitos dos líderes e figuras históricas deste mundo negligenciaram
o propósito mais profundo da existência humana: estabelecer uma relação sólida
com o Criador e garantir a salvação eterna da alma através de Yeshua HaMashiach.
As realizações das antigas
civilizações e os feitos de seus líderes, embora objeto de análise histórica,
são limitadas ao registro do passado. Diferentemente dessas conquistas finitas,
as promessas divinas dirigidas aos Patriarcas Abraão, Isaque e Jacó projetam-se
para além do tempo, oferecendo uma perspectiva escatológica que transcende a
experiência humana.
O maligno, em sua astúcia, tentou
seduzir o Messias com a miragem dos reinos terrestres, oferecendo-lhe poder
temporal em troca de adoração. Yeshua, em sua sabedoria divina, rejeitou essa
proposta tentadora, demonstrando a futilidade das riquezas mundanas diante da
glória eterna. Contudo, essa mesma tentação continua a atormentar a humanidade,
pois muitos, desconhecedores do verdadeiro Elohim e de Seu plano de salvação,
se deixam seduzir pelas promessas efêmeras do mundo. Como Paulo sabiamente nos
adverte:
Mas o que para mim era ganho
reputei-o perda pelo Messias. E, na verdade, tenho também por perda todas as
coisas, pela excelência do conhecimento do Messias Yeshua, meu Senhor; pelo
qual sofri a perda de todas estas coisas [terrenas, temporais], e as considero
como escória, para que possa ganhar o Messias, e seja achado nele, não tendo a
minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé no Messias, a saber, a
justiça que vem do ETERNO pela fé.
Filipenses 3:7-9
Muitos buscam no Messias uma
solução mágica para os desafios da vida, como se a fé fosse um amuleto capaz de
afastar todo mal. Embora a oração sincera e humilde possa trazer conforto e
direcionamento, o apóstolo Paulo nos adverte que a esperança no Messias
transcende as necessidades imediatas.
A verdadeira fé não se
limita à busca por benefícios terrenos, mas se aprofunda na transformação
interior e na certeza da vida eterna, conforme nos revela a passagem de 1
Coríntios 15:19: 'Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens'.
A trajetória de Moisés nos
oferece um testemunho singular de fé e transformação. Elevado à condição de
príncipe egípcio, desfrutava de todos os privilégios que o poder terreno podia
proporcionar. Contudo, a compaixão pelo sofrimento do seu povo o impulsionou a
renunciar a uma vida de opulência e conforto. Ao abraçar a condição de exilado
no deserto, Moisés escolheu um caminho de fé, guiado pela promessa de uma
pátria celestial. Essa decisão radical revela um homem consciente da magnitude
da troca que realizava, mas firme em sua convicção de que os tesouros
espirituais transcendiam qualquer riqueza terrena.
Pela fé Moisés, sendo já
grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser
maltratado com o povo de Elohim, do que por um pouco de tempo ter o gozo do
pecado; tendo por maiores riquezas a injúria do Mashiach do que os tesouros do
Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Hebreus 11:24-26
Muitos outros, antes de nós,
escolheram a fé em vez da vida terrena, trocando o presente incerto pela
promessa de uma eternidade plena. Desafiando as tentações de Satanás, eles
demonstraram sua lealdade ao Criador, buscando um prêmio que o mundo não pode
oferecer: a vida eterna.
As palavras de Yeshua, nosso
mestre, ecoam essa verdade profunda, quando Ele nos diz:
Porque qualquer que quiser
salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de
mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo
o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?
Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar
de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele,
quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.
Marcos 8:35-38
Embora possamos enumerar inúmeras
outras razões, as apresentadas são suficientes para compreendermos a natureza
efêmera dos sonhos e aspirações humanas. Os desejos de nossos antepassados, por
mais nobres que fossem, se perderam no tempo. A única exceção reside naqueles
que confiaram plenamente em YHWH, o Elohim Todo-Poderoso.
A promessa divina de vida eterna,
mesmo para aqueles que já partiram, demonstra a distinção entre aqueles que
depositam sua fé em YHWH e os que não o fazem. É por isso que o apóstolo Paulo
exorta os filhos de Elohim a não se angustiarem, mas a apresentarem suas
petições ao Altíssimo com confiança, sabendo que Ele ouve e responde às suas
orações:
Não estejais inquietos por
coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de
Eterno pela oração e súplica, com ação de graças.
Filipenses 4:6
A natureza humana, por mais nobre
que seja, encontra-se limitada em sua capacidade de alcançar a salvação eterna.
A condição pecaminosa presente no ser humano o impede de trilhar sozinho o
caminho para a vida. Diante dessa incapacidade, o indivíduo necessita de um
intercessor divino.
Assim, através de Yeshua, o
Messias, a humanidade encontra a redenção. Ele, o Cordeiro de Elohim,
sacrificou-se para resgatar aqueles que genuinamente se arrependem de seus
pecados e buscam uma nova aliança com o Todo-Poderoso. Ao abraçar a fé em
Yeshua e submeter-se à vontade divina, o ser humano encontra a salvação de sua
alma.
A efemeridade da vida humana,
como sabiamente observou Jó, é incontestável. Nossos dias são contados, e a
inquietude nos acompanha do berço ao túmulo. Diante dessa fragilidade
intrínseca, onde encontrar um alicerce sólido para nossa fé e esperança? A
resposta, clara e consoladora, reside em Yeshua, o Filho de YHWH. É Nele que
depositamos toda nossa confiança, pois Ele, o Santo de Israel, é a única
riqueza duradoura que podemos adquirir nesta existência terrena.
Que a vinda de Yeshua seja
iminente, e a paz desça sobre Jerusalém. Amém.
Francisco Adriano
Germano
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