Muitas vezes, ao estudarmos sobre
Yeshua (Jesus), somos confrontados com o argumento de que Ele não é divino. A
ideia é que Ele seria apenas um homem justo, um profeta especial, ou, no
máximo, "alguém vindo de Deus, mas não Deus".
Mas será que essa lógica se
sustenta quando olhamos para o que as próprias Escrituras afirmam?
Neste estudo, vamos refutar essa
ideia de forma clara, bíblica e irrefutável, focando nas Suas próprias palavras
e no entendimento de Seus contemporâneos.
1. O Senhor dos Profetas: O
Lamento de Yeshua
Vamos começar com a história que
Yeshua conta em Mateus 21: A Parábola da Vinha.
Yeshua descreve um dono de vinha
(Elohim) que envia seus Servos (os profetas) para Israel. Os lavradores (a
liderança de Israel) maltratam, ferem e matam esses Servos. Por fim, o Dono
envia Seu Filho, que também é rejeitado e morto.
Essa parábola é a história
espiritual de Israel:
Elohim envia
profetas > rejeição.
Elohim envia o
Filho > rejeição maior ainda.
Isso nos leva a uma das
declarações mais impactantes de Yeshua em Mateus 23:37, quando Ele lamenta
sobre Jerusalém:
"Jerusalém, Jerusalém,
que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes EU quis
ajuntar teus filhos, como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas, e
vocês não quiseram!"
O que essa frase revela?
A Posição do Eterno:
A imagem de "ajuntar Israel sob as asas" é usada no Tanakh (Antigo
Testamento) exclusivamente para YHWH, o Eterno! (Salmos 17:8; 91:4; Rute 2:12).
A Prerrogativa Divina:
Ao aplicar essa metáfora a Si mesmo, Yeshua assume a posição e a prerrogativa
do próprio Protetor e Redentor de Israel, cuja sombra das asas é o refúgio
prometido.
O Enviador dos Profetas:
Yeshua afirma ter sido Ele o Agente Divino que, ao longo dos séculos, enviou os
profetas (Isaías, Jeremias, Miqueias).
Se Yeshua fosse apenas humano,
essas afirmações seriam pura e simples blasfêmia. Seria cronológica e
teologicamente impossível para um homem nascido em Belém ser Aquele que enviou
os profetas séculos antes.
Mas ao assumir a posição do
Elohim de Israel, Ele prova que é o Verbo que estava com Elohim e era Elohim (João
1:1), o mesmo que atuou em toda a história de Israel.
2. A Condenação por Blasfêmia:
O Julgamento
O argumento da divindade de
Yeshua é reforçado pela razão de Sua condenação: Blasfêmia
No Seu julgamento, o Sumo
Sacerdote rasgou suas vestes (um ato proibido pela Torá, exceto em face de
blasfêmia) porque Yeshua afirmou:
"Vereis o Filho do Homem
sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens." (Marcos 14:62)
Reivindicação de
Autoridade: Esta frase não é simbólica. Ela cita diretamente Daniel 7
(autoridade eterna e domínio universal) e Salmo 110 (assento no trono
celestial, "à direita do Poder").
O Entendimento do Sumo
Sacerdote: O Sumo Sacerdote e o Sinédrio entenderam perfeitamente o que
Yeshua estava reivindicando: glória, autoridade e uma posição de natureza
divina. Se Ele estivesse dizendo apenas: "Sou um homem escolhido",
ninguém rasgaria roupa. A reação deles prova que Yeshua reivindicou algo que só
o ETERNO pode ter.
3. O Salmo 22: Autodeclaração
na Cruz
Na cruz, Yeshua citou o Salmo 22:
"Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste?"
No judaísmo do primeiro século,
citar o primeiro versículo era citar todo o Salmo.
O Salmo 22 não é apenas um
lamento de dor; ele é uma descrição profética detalhada do Messias Sofredor:
mãos e pés perfurados, zombaria, sorteio de roupas, e termina com a declaração:
"Todas as famílias das nações adorarão ao Senhor."
A mensagem de Yeshua na cruz era
inconfundível: "Eu sou o Justo Sofredor que cumpre as Escrituras e
trará a salvação às nações."
De novo, essa não é a função de
um "profeta comum"; é o papel do Ungido (Messias) que cumpre o
propósito universal do ETERNO.
Conclusão: ImanuEl – Elohim Conosco
Vamos revisar as evidências:
Mateus 23: Yeshua
Se coloca como o próprio Protetor e Enviador dos profetas, funções exclusivas
do ETERNO.
Julgamento: O Sumo
Sacerdote O condena por blasfêmia, pois Yeshua reivindica a glória e o trono
divinos.
Cruz: Yeshua Se
identifica com o Messias universal que cumpre o plano de salvação das nações.
Esses fatos destroem
completamente o argumento de que Yeshua é "somente humano". Os
líderes judaicos O crucificaram não por ser mais um homem, mas por reivindicar
o que só o ETERNO pode reivindicar.
Ao Se colocar na posição do
Elohim de Israel, Ele prova Sua identidade e testemunho como ImanuEl – Elohim conosco!
Se este estudo abriu seus olhos,
compartilhe para que mais pessoas vejam a verdade das Escrituras.
Yeshua não é apenas um profeta.
Ele é o Santo de Israel manifestado em carne.
Shalom!
Francisco Adriano Germano

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