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Mostrando postagens de abril, 2021

CONTAGEM PARA SHAVUOT - PARTE I

Desde finais do período do segundo Templo que a contagem para Shavuot (Pentecostes) é polêmica. Essa polêmica gira entorno da interpretação para a expressão “ desde o dia seguinte ao Sábado ” na passagem de Levítico 23:15-16, que regula a forma de contar os dias até Shavuot. A passagem em questão é:   Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao Senhor. (Levítico 23:15,16)   A polêmica surgiu no final do período do Segundo Templo e se mantém até os nossos dias. Atualmente, o Judaísmo Rabínico - descendente dos antigos fariseus - bem como muitas congregações cristãs e messiânicas, sustentam que o sábado em questão se refere ao primeiro dia dos Pães Ázimos (entendido como um sábado anual), enquanto que os antigos saduceus, judeus karaítas [1] , samaritanos, essênios e algumas

TESHUVÁ PASSO A PASSO – DEIXANDO DOUTRINAS HUMANAS (EP. 11)

  DEIXANDO DOUTRINAS HUMANAS – PARTE II   A quarta história, de Alfredo, tem um viés ligeiramente diferente. Chanuká é uma palavra hebraica que significa “ dedicação ” e que se refere à dedicação do altar ou do próprio templo. A celebração de Chanuká é legítima e bem fundamentada nas Escrituras. Tanto que o próprio Yeshua dela participa, como podemos ler a seguir:   E em Yerushalayim havia a festa de Chanuká, e era inverno. E Yeshua andava passeando no Santuário, no alpendre de Salomão.” (João 10:22-23)   Ainda não iremos entrar no mérito de como celebrar essa festa, até porque ela é muito mais um feriado nacional, diferentemente das solenidades instituídas pela Torá.   Como essa festa ocorre ao final do ano, muitos a consideram uma alternativa ao Natal - essa última de origem comprovadamente pagã. E é esse o espírito com o qual Alfredo busca celebrá-la. A chamada “festa das luzes” como uma forma de ver luz em meio às trevas.   Alfredo aprendeu que, após a revolta

TRAZENDO LUZ PARA OS OUTROS

    Daniel era um rapaz que gostava muito de refletir sobre a vida. Certa vez, no meio de uma aula de filosofia, ele resolveu fazer uma pergunta ao professor:   - Sei que não é uma pergunta simples. Mas, afinal, qual é o significado da vida?   O professor, um senhor idoso muito sábio, parou por alguns instantes para pensar em como responder de uma maneira simples e direta uma pergunta assim tão complexa. Ele então pegou no bolso a sua carteira e tirou de dentro dela um espelho redondo pequeno. Mostrou aos alunos e disse:   - Caros alunos, quando eu era pequeno, passei por uma guerra. A situação estava muito difícil, chegamos até mesmo a passar fome. Certo dia, caminhando por uma estrada em busca de um pouco de comida, encontrei os pedaços quebrados de um espelho. Provavelmente alguma motocicleta tinha se acidentado naquele lugar. Tentei encontrar todos os pedaços e juntá-los, mas não foi possível. Então guardei somente o pedaço maior e esfreguei-o em uma pedra, deixando-o

TESHUVÁ PASSO A PASSO – DEIXANDO DOUTRINAS HUMANAS (EP. 10)

  DEIXANDO DOUTRINAS HUMANAS - PARTE I   Emília* (nome fictício) vai ao culto de uma importante denominação. Ela, que começou a ler a Bíblia recentemente, resolveu fazer uma visita. Logo ela percebe, pelos olhares que a cercam, que há algo inadequado na forma como ela se veste. Ela encontra alguém que pacientemente lhe instrui que ela deveria ter trajado saia, e não calças.   Não muito longe dali Oswaldo* (nome fictício) está muito feliz. Na semana passada foi o seu batismo, e pela primeira vez ele poderá participar da santa ceia em sua denominação, que impõe como condição para participação o batismo. Afinal, para participar da santa ceia, é preciso discernir o corpo, e somente um batizado se torna parte desse corpo.   Em outra cidade, Robson* (nome fictício) entra em contato pela primeira vez com uma denominação que diz resgatar as raízes judaicas da fé. Ao chegar no local, Robson é informado de que ele só poderia entrar se colocasse um solidéu, chamado pelos presentes de