INTRODUÇÃO
Esta doutrina cristã só teve
início no século dezenove. Tal teologia tem agora ameaçado encontrar eco no
movimento messiânico. Este artigo provará que a doutrina do arrebatamento
pré-tribulacionista é:
1. Uma invenção moderna do
Cristianismo que NÃO TEM NENHUMA raiz judaica de qualquer tipo
2. Uma doutrina que vai
totalmente contra as Escrituras
3. Uma doutrina de “paz e
segurança” que pode futuramente vir a destruir a fé de muitos
E um dos maiores problemas com a
doutrina cristã do arrebatamento pré-tribulacionista é que ela já de início
fere o Midrash. Segundo o Midrash, que é o sistema mais antigo de
interpretação das Escrituras, um texto nunca perde o seu Peshat.
Contudo, esta doutrina em particular não tem base de Peshat. Apesar dos
pré-tribulacionistas frequentemente alegarem que as suas crenças são baseadas
numa leitura simples e literal das Escrituras, o fato é que uma leitura literal
das Escrituras é incapaz de produzir uma crença no arrebatamento
pré-tribulacionista.
Até mesmo Hal Lindsey, o mais
famoso defensor do pré-tribulacionismo, admite que a sua crença não se baseia
no sentido simples e literal das Escrituras. Lindsey admite que ele não
consegue "mostrar nenhum versículo que diga claramente que o
arrebatamento ocorrerá antes… da tribulação.” (O Arrebatamento por Hal
Lindsey pág. 32). Ao invés disto, Lindsey alega que “o pré-tribulacionismo é
amplamente baseado em argumentos de inferência e silêncio.” (ibid p. 31)
Se o pré-tribulacionismo não vem
de um entendimento do Peshat das Escrituras, devemos então nos perguntar
de onde ele se originou, e porque tanta gente acredita nisto.
O DISPENSASIONALISMO: HERESIA
GERANDO HERESIA
Durante as décadas de 1820 e
1830, um teólogo cristão chamado John Darby (fundador da Irmandade de Plymoth)
desenvolveu uma nova teologia sistemática chamada Dispensacionalismo. Esta
doutrina, desde então, tornou-se muito popular no meio cristão. É muito curioso
que tal doutrina ainda encontre eco entre os crentes que estão retornando às
raízes judaicas dos seguidores originais de Yeshua. É fato incontestável
que o Dispensacionalismo não existiu até o século dezenove. Não tem
nenhuma raiz judaica e nem existia no Cristianismo até o século em questão.
Como a maioria dos teólogos do
século dezenove, John Darby era antinomiano, ou seja, acreditava que Lei de Moshé
(Moisés) tinha desaparecido na cruz. Darby se sentia incomodado com os sérios
problemas trazidos por esta doutrina. Darby percebeu que durante os sete anos
da última semana profética de Daniel, os sacrifícios estariam sendo feitos no
Templo. Como a Lei de Moshé (Moisés) estava CLARAMENTE
sendo cumprida durante os sete anos da tribulação, Darby concluiu que a Lei
voltaria a ter validade no início da tribulação. Esta linha de raciocínio fez
Darby segregar as histórias bíblicas e proféticas em períodos compartimentados.
Darby teorizou que a “era da
Lei” tinha acabado na cruz e que a “era da graça” ou “era da
igreja” tinha começado ali. Então com a tribulação, a “era da Lei”
voltaria e a “era da graça” terminaria. Isto criou um problema grande
para a teoria de Darby. Como poderia a “era da Lei” retornar se a igreja
ainda estaria na terra?
Darby achava que na “era da
Lei” o ETERNO lida com Israel e na tribulação o ETERNO voltaria a lidar com
Israel. Então o que aconteceria com a igreja? Certamente que a igreja não
sairia da “era da graça” para voltar para Lei de Moshé (Moisés).
Como consequência desta linha de
raciocínio absurda, Darby adotou a ideia de um arrebatamento
pré-tribulacionista que havia se tornado tão popular entre os Irvingitas. Esta ideia dizia que a Igreja deixaria
a terra no início da tribulação, enquanto Israel permaneceria para sofrer na
tribulação durante o período da “volta da Lei”.
Darby agora tinha um outro
problema: se a igreja fosse arrebatada deixando Israel para trás, o que dizer
dos judeus crentes? Eles seriam arrebatados juntamente com a Igreja ou ficariam
para trás com Israel? Darby inventou outra solução completamente louca: a
dicotomia Igreja/Israel.
Segundo esta teoria, um judeu que
se tornava crente no Messias passava a fazer parte da Igreja e não era mais
parte de Israel. Como resultado disto, ninguém poderia ser parte tanto da
Igreja quanto de Israel. Os judeus crentes deixariam de ser judeus e se
tornariam parte da Igreja, que ele ensinava conter pessoas que não mais eram
nem judeus nem gentios.
Portanto, as três mentiras que se
tornaram pilares do Dispensacionalismo são:
1. A Lei não seria para hoje
2. O arrebatamento
pré-tribulacionista
3. A dicotomia Igreja/Israel
Obviamente, os judeus messiânicos
não podem aceitar nem a número 1 nem a número 3. A número 2 só seria necessária
por causa da número 1. A número 2 não funciona sem a número 3, que foi criada
para resolver os problemas da número 2. Como resultado, o Judaísmo Messiânico é
incompatível com o Dispensacionalismo. Dois de seus três pilares fundamentais
não são compatíveis com a teologia bíblica original, adotada pelo movimento
messiânico. Além disto, o único pilar remanescente não se sustenta sozinho.
Quando examinada à luz da Bíblia,
toda a estrutura do Dispensacionalismo é destruída. É uma doutrina do século dezenove
que foi inventada por teólogos cristãos e não tem NENHUMA raiz na
fé do primeiro século.
QUANTAS VINDAS DO MESSIAS?
O Tanach (Primeiro Testamento)
aponta claramente para duas vindas do Messias: uma como servo e outra como rei.
Contudo, fica evidente que os acreditam no arrebatamento pré-tribulacionista vão
contra as Escrituras por crerem em três vindas do Messias. Uma vez que o
retorno do Messias tem sido entendido por séculos como sendo a “Segunda
Vinda do Messias”, os que creem no arrebatamento pré-tribulacionista devem
mudar a expressão acima para “Terceira Vinda do Messias” ou insistir,
como a maioria faz, de que o arrebatamento pré-tribulacionista não é de fato
uma vinda do Messias.
Se a teoria do arrebatamento
pré-tribulacionista fosse verdadeira, então as Escrituras deveriam ensinar
sobre um “aparecimento” pré-tribulacionista do Messias que não é uma “vinda
do Messias” propriamente dita, seguida de uma “vinda do Messias”
após a tribulação. E mais: as Escrituras não poderiam identificar o arrebatamento
como se referindo à “vinda” do Senhor nas Escrituras. Não deveríamos
também esperar que a vinda pós-tribulacionista do Messias fosse chamada de “aparecimento”.
Agora vamos examinar estas
mentiras à luz das Escrituras:
Conjuro-te diante
de Elohim e do Mashiach Yeshua, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua
vinda e pelo seu reino. (2 Timóteo. 4:1)
Aqui vemos claramente que no
final da tribulação e no início do Reino teremos a vinda do Messias.
Assim também o
Mashiach, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. (Hebreus 9:28)
Aqui o texto fala claramente da
vinda pós-tribulacionista do Messias. Se o arrebatamento prematuro estivesse
correto, este texto deveria dizer “aparecerá uma terceira vez”.
Portanto, irmãos,
sede pacientes até a vinda de ADONAI. (Tiago 5:7a)
Este texto nos instrui claramente
que a nossa esperança deve ser na vinda do Senhor, e não em um “aparecimento do
Senhor”.
Dizemo-vos, pois,
isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do
Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo
descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som do shofar de Elohim,
e os que morreram no Mashiach ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro
do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. (1
Tessalonicenses 4:15-17)
Esta é a passagem que fala do
arrebatamento. Mas esta passagem também se refere à “vinda do Senhor” e
não de um aparecimento.
Vemos, portanto, que a teoria do arrebatamento
pré-tribulacionista que crê em “três vindas” ou em “duas vindas e um
aparecimento” do Messias são completamente contrária às Escrituras, que
falam apenas de duas vindas do Messias.
O LADRÃO DA NOITE
Um dos chavões empregados pelos pré-tribulacionistas
é a expressão “ladrão da noite”. Os pré-tribulacionistas usam este termo
para descrever o arrebatamento prematuro como um “arrebatamento secreto”
no qual a Igreja é removida da terra secretamente. Isto, contudo, é tirar a
expressão completamente de seu contexto e usá-la erroneamente.
A parábola do “ladrão da
noite” é uma das diversas parábolas contadas por Yeshua (Jesus - vide Mt.
24:42-51) e é mencionada em três outros lugares: 1 Tess. 5:2-10, 2 Pedro 3:10,
Ap. 3:3 e 16:15). Uma análise verídica desta expressão tal qual é usada nas
Escrituras revela justamente o extremo oposto: um arrebatamento pós-tribulacionista.
Primeiramente vamos analisar a
parábola em si. Eis o texto de Mt. 24:42:
Vigiai, pois,
porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono
da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria
minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em
que não penseis, virá o Filho do homem.
Existe muitos elementos
importantes nesta parábola. Primeiramente devemos perceber que o “ladrão”
nesta parábola refere-se ao Messias. Contudo, o ladrão nesta parábola não está “roubando
a igreja do mundo” (isto seria absurdo), mas sim o termo ladrão é usado
para identificar que o Messias virá num momento inesperado. Em
segundo lugar, percebemos claramente que a Igreja não estava esperando que Ele
viesse naquele momento. E finalmente é extremamente significativo que o ladrão
vem num momento posterior, no qual a Igreja é esperada e é encontrada dormindo
(vide Mateus 25).
Ao longo das Escrituras, vemos
que “dormir” é um eufemismo para apostasia (vide Isaías 29:10 e Romanos
11:8)
A parábola do ladrão da noite é
parte de uma seção das Escrituras que começa em Mt. 24:42 e termina em Mt.
25:13, onde Yeshua ilustra o fato de que o Messias virá mais tarde do que o
esperado e pegará a Igreja dormindo pois esperava que ele viesse antes. Este
tema é primeiramente apresentado por Yeshua no versículo 42. Depois em Mt.
24:43 Yeshua dá a parábola do ladrão da noite. Então no versículo 44 Yeshua
reforça o tema. Em Mt. 24:45-51 Yeshua dá a parábola do “servo fiel e
prudente”. Nesta parábola o Messias também vem depois do esperado pelo
servo (versículos 48 e 50) para encontrar um servo apóstata (versículos 48-49).
Finalmente, Yeshua dá a
ilustração das “dez virgens” (Mt. 25:1-12) na qual o noivo vem depois do
que as virgens esperavam. As virgens (pelo menos algumas delas) são nitidamente
crentes pois cinco delas têm óleo na lâmpada. O noivo vem e encontra as virgens
dormindo. Apesar de muitas delas ainda terem óleo nas lâmpadas, elas pensaram
que o Messias viria antes e caíram no sono da apostasia.
Ao contrário de ensinar um
arrebatamento pré-tribulacionista, esta seção das Escrituras nos avisa que muitos
da igreja esperarão pelo Messias antes dEle vir (pré-tribulacionismo) e que
quando o Messias na realidade vem após a tribulação, isto é, depois do
esperado, eles caem em apostasia.
Os pré-tribulacionistas têm sido
enganados por alguns mestres dentro do Cristianismo (não são todos) de que a
Bíblia ensina que o Messias os resgatará da tribulação antes da mesma
acontecer. Quando a tribulação chegar e eles perceberem que isto não ocorreu,
muitos perderão a fé e acharão que o ETERNO desistiu deles, e por isto não
foram arrebatados. Ou ainda pior: que as Escrituras mentiram. Ou seja, a
decepção deles os fará se desviarem: cairão no sono da apostasia.
Em Apocalipse 3:3 lemos:
Lembra-te,
portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se
não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
Esta passagem claramente se
refere ao texto de Mt. 24:42-44. Aqui o Messias está se referindo à Igreja de
Sardes (ou seja, crentes genuínos) e indica que Ele virá em um momento em que a
Igreja não espera. A implicação da expressão “se não vigiares…” é a de
que o Messias virá após a tribulação, ou seja, depois do esperado e encontrará
crentes dormindo/apostasia.
Em 2 Pedro 3:10 lemos:
Virá, pois, como
ladrão o dia de ADONAI, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão
descobertas.
Aqui, o “dia” em questão
refere-se ao dia de 1000 anos do Reino do Milênio (vide 2 Pe. 3:8; Sl. 90:4;
Ap. 20:2,7). Este “dia de 1000 anos” começa com a segunda vinda do
Messias (Ap. 19:11 – 20:2) e termina com a destruição da terra por fogo (Ap.
20:7-21:1). Aqui a expressão “o dia do Senhor virá como um ladrão” (2
Pe. 3:10) definitivamente se refere à segunda vinda do Messias e ao final da
tribulação e ao início dos 1000 anos. Este não é um “ladrão” que virá
sorrateiramente e em silêncio. É um “ladrão” que fará os céus se
passarem com um “rugido”.
Em Ap. 16:15 lemos:
Eis que venho como
ladrão. Bendito aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande
nu, e não se veja a sua nudez.
Esta passagem ocorre no contexto
dos eventos do dia de 1000 anos mencionado acima. Além disto, esta passagem
também reflete um ladrão que chega depois do esperado e encontra uma igreja
apóstata.
Finalmente em 1 Tessalonicenses
5:2-10 lemos:
Porque vós mesmos sabeis
perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando
estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição,
como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas
vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos
surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos
da noite nem das trevas; não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e
sejamos sóbrios. Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam,
embriagam-se de noite; mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios,
vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da
salvação; porque Elohim não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a
salvação por nosso Senhor Yeshua HaMashiach, que morreu por nós, para que, quer
vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
Agora na leitura desta passagem
devemos relembrar a passagem do ladrão da noite, à qual esta passagem claramente
faz alusão. Vemos aqui uma profecia sobre o surgimento da heresia do
pré-tribulacionismo!
Aqui aprendemos que os que
apostatarem da fé ficarão entorpecidos pela doutrina da “paz e segurança”
e vão cair em apostasia quando o Messias não chegar tão breve quanto o esperado,
mas ao invés disto vier sobre eles a “repentina destruição” – algo que
eles aparentemente acreditavam que iriam “escapar”. Neste ponto eles
parecem ter caído no sono da apostasia. Muitos deixarão a fé quando os
pré-tribulacionistas ficarem desapontados ao perceberem que entraram na
tribulação ao invés de escapar dela em um “arrebatamento pré-tribulacionista”.
Mas espere! Veja 1 Tessalonicenses 5:1! Esta seção inteira das Escrituras se
refere ao momento em que acontecerá o arrebatamento de 1 Tes. 4:16-18. Na
realidade, este capítulo muda de 1 Tess. 4:18 para 5:1 no meio de um parágrafo!
A referência à parábola do ladrão
da noite em 1 Tess. 4:16-5:10 também é muito importante por outro motivo. Esta
referência nos dá um certo contexto para o acontecimento do “arrebatamento”
de 1 Tess. 4:16-17. A parábola do ladrão da noite em Mt. 24:43 acontece num
grande segmento de Mateus (Mt. 24:29-25:46) o qual claramente discute a vinda
do Messias após a tribulação (Mt. 24:29). O ladrão da noite de Mt. 24:42-44 vem
num momento que é como “os dias de Noach (Noé)… antes do dilúvio”
(Mt. 24:37-41 com Mt 24:42-51). Lucas também discute este tempo como os dias de
Noach/Noé (Mt. 24:37-41 = Lc. 17:26-36).
Lucas continua dizendo que
aqueles que são “levados” em Mt. 24:37-41 = Lc. 17:26-36 serão
consumidos por aves de rapina (vide Lc. 17:37 = Mt. 24:28). Estes homens
consumidos por aves de rapina serão aqueles que se levantarão contra Israel e
serão destruídos na segunda vinda (vide Ap. 19:11-21, especialmente 19:17,18 e
21).
O momento da vinda do “ladrão”
é, portanto, a segunda vinda do Messias descrita em Ap. 19:11-21. Uma vez que o
momento do evento do “ladrão” em 1 Tess. 5:2-10 é parte do evento de 1
Tess. 4:16-18 (1 Tess 5:1 claramente diz que 1 Tess. 5:2-10 se refere ao
momento de 1 Tess. 4:16-18), então o “arrebatamento” de 1 Tess. 4:16-18
é simplesmente parte da vinda do Messias, e após a tribulação, e não antes
dela.
IMEDIATAMENTE APÓS O
ARREBATAMENTO
Para termos uma boa ideia do que
é o arrebatamento descrito em 1 Tess. 4:16-17 devemos deixar as Escrituras
interpretarem as próprias Escrituras. Este é um conceito na hermenêutica judaico
chamado G’ ZARAH SHEVAH (equivalência de expressões). Esta é a segunda
das leis de Hillel. A primeira passagem que devemos comparar é 1 Tess. 4:16-17
com 1 Cor. 15:52.
Agora, 1 Tess. 4:13-17 diz:
Não queremos, porém, irmãos,
que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais
como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Yeshua morreu e
ressurgiu, assim também aos que dormem, Elohim, mediante Yeshua, os tornará a
trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que
nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos
os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz
do arcanjo, ao som do shofar de Elohim, e os que morreram no Mashiach ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com
eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre
com o Senhor.
Agora comparemos esta passagem
com 1 Cor. 15:50-55:
Mas digo isto, irmãos, que
carne e sangue não podem herdar o reino de Elohim; nem a corrupção herda a
incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som do
último shofar; porque o shofar soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista
da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se
cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está,
ó morte, o teu ferrão? Onde está, ó She'ol, a tua vitória?
Certamente estas duas passagens
obviamente falam do mesmo evento. A questão é que tipo de contexto 1 Cor.
15:50-55 dá ao arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17?
1. O evento de 1 Cor. 15:50-55
facilita a herança do Reino
2. 1 Cor. 15:54b cita Isaías 25:8
3. 1 Cor. 15:55 cita Oséias 13:14
Isaías 25:8 e Oséias 13:14 falam
claramente do início do Reino. Lidos em conjunto, 1 Cor. 15:50-55 coloca o
arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17 no contexto do início do Reino do Milênio.
Agora, 1 Tess. 4:13-18 e 1 Cor.
15:50-55 normalmente são vistos como as passagens do “arrebatamento”. Agora
vamos comparar estes com os versículos que são comumente aceitos como
versículos da “segunda vinda”.
Alguns dos versículos normalmente
aceitos como sendo passagens que se referem à segunda vinda são: Daniel
7:13-14; Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; Ap. 11:15 e 20:4-6. Nestas passagens é
possível imediatamente identificar quatro elementos:
1. O Messias aparecerá no céu de
forma sobrenatural. (Dan. 7:13-14; Mt. 24:30; Mc. 13:26)
2. Haverá uma reunião
sobrenatural com Ele nos céus. (Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27)
3. A última (a sétima de sete)
trombeta é tocada por um dos sete anjos que estão perante YHWH. (Ap. 8:2 e
11:15; Mt. 24:31; Is. 27:13)
4. A (primeira) ressurreição dos
justos. (Ap. 20:4-6)
Agora vamos comparar estes quatro
elementos com as passagens sobre o arrebatamento em 1 Tess. 4:13-18 e 1 Cor.
15:50-55:
1. O Messias aparecerá no céu de
forma sobrenatural. (1 Tess. 4:16-17)
2. Haverá uma reunião
sobrenatural com Ele nos céus. (1 Tess. 4:17)
3. A última (a sétima de sete)
trombeta é tocada por um dos arcanjos. (1 Tess. 4:16; 1 Cor. 15:52)
4. A (primeira) ressurreição dos
justos. (1 Tess. 4:16; 1 Cor. 15:52)
Ao comparar estes quatro
elementos fica bem evidente que o “arrebatamento” de 1 Tess. 4:13-18 e 1
Cor.15:50-55 é idêntico à segunda vinda do Messias em: Dan. 7:13-14; Mt.
24:29-31; Mc. 13:24-27; Ap. 11:15 e 20:4-6. Esta conclusão também é
compartilhada por muitos comentaristas. Por exemplo, o guia da Bíblia de Halley
diz o seguinte a respeito de 1 Tess. 4:13-18:
“[O evento de 1
Tess. 4:16-17] é mencionado e referido em diversos momentos em quase todos os
livros do Novo Testamento. Os capítulos nos quais é explicado de forma mais
plena são Mateus 24, 25; Lucas 31; 1 Tessalonissences 4, 5; 2 Pedro 3”. (o Guia
da Bíblia de Halley pág. 626 sobre 1 Tess. 4:13-18) (vide também os comentários
de Halley sobre Mt. 24:31 na pág. 447)
E no seu livro MESSIAS: Um Ponto
de Vista Rabínico e Escriturístico, o autor judeu messiânico Burt Yellin
escreve a respeito de 1 Tess. 4:16:
"Em 1
Tessalonissences 4:16, Paulo nos fala a respeito do retorno do Messias: 'Porque
o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som do
shofar de Elohim, e os que morreram no Mashiach ressuscitarão primeiro.' Quando
lemos isto juntamente com Apocalipse 11:15-17 vemos que esta ressurreição
ocorrerá no tocar da sétima trombeta." (pág. 99)
PROBLEMAS CRONOLÓGICOS DO
PRÉ-TRIBULACIONISMO
Se considerássemos as passagens
do arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17 e 2 Cor. 15:50-55 como sendo um evento
separado das passagens da “segunda vinda” de Dan. 7:13-14; Mt. 24:29-31;
Mc. 13:24-27; Ap. 11:15 e 20:4-6, como o fazem os pré-tribulacionistas,
teríamos grandes problemas cronológicos:
1. Tal cronologia teria a
primeira trombeta de Ap. 11:15 e Mt. 24:31 sendo tocada depois da “última
trombeta” de 1 Tess. 4:16 e 1 Cor. 15:52.
2. Tal cronologia também
significaria que a ressurreição geral dos justos em 1 Tess. 4:16 e 1 Cor. 15:52
aconteceria antes da “primeira ressurreição” de Ap. 20:4-6).
3.O evento do arrebatamento é
claramente algo que Mt. 24:29 diz ocorrer “imediatamente após a tribulação
daqueles dias…”
Hal Lindsey, um dos maiores
apologistas do arrebatamento pré-tribulacionista alega:
"A verdade é
que nem um pós, mid, ou pré-tribulacionista pode indicar um versículo isolado
que claramente diz que o arrebatamento ocorrerá antes, no meio da, ou depois da
tribulação". (O Arrebatamento por Hal Lindsey p.32)
Concordamos com Lindsey que nenhum
versículo sequer indica que o arrebatamento ocorreria antes da Tribulação.
Contudo, Lindsey está claramente enganado quando diz que nenhuma visão pode
apresentar um versículo sequer. Este artigo já demonstrou claramente que as
Escrituras ensinam um arrebatamento pós-tribulacionista. Os seguintes
versículos isolados indicam CLARAMENTE que o Arrebatamento
ocorrerá após a tribulação:
Porque David não
subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse ADONAI ao meu Senhor: Assenta-te
à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.
(Atos 2:34-35 – citando Sl. 110:1) (veja também Heb. 1:13; Mt. 22:44; Mc.
12:36)
Esta passagem indica claramente
que o Messias permanecerá à direita do Pai até que os seus inimigos sejam
feitos seu escabelo no Reino do Milênio. Esta passagem claramente ensina que o
arrebatamento não ocorrerá antes do final da tribulação, no início do Reino do
Milênio.
E envie Ele o
Mashiach, que já dantes vos foi indicado, Yeshua, ao qual convém que o céu
receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Elohim falou
pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio. (Atos 3:20-21 -veja
também Ap. 10:7 e 11:15)
Esta passagem também ensina que o
Messias ficará no céu até a vinda do Reino.
Ora, quanto à
vinda de nosso Senhor Yeshua HaMashiach e à nossa reunião com ele, rogamo-vos,
irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos
perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada
de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos
engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja
revelado o homem do pecado, o filho da perdição, o Adversário que é exaltado
sobre tudo e se chama de deus e é objeto de adoração, de sorte que se assenta
no santuário de Elohim, apresentando-se como Elohim. (2 Tess. 2:1-4)
Esta passagem claramente ensina
que o arrebatamento NÃO PODE OCORRER ANTES da revelação do
anti-messias, o que só ocorrerá no meio do período da tribulação de sete anos
(vide Mt. 24:15; Mc. 13:14 e Dan. 9:27)
PASSAGENS NORMALMENTE
MAL-COMPREENDIDAS
Sem poder encontrar suporte para
a sua teoria de um arrebatamento pré-tribulacionista no Peshat (sentido
simples/literal) de qualquer passagem das Escrituras, os pré-tribulacionistas
tentam usar interpretações Remez (sentido implícito) e Drash
(sentido alegórico). Tal como Lindsey admite em seu livro O Arrebatamento, ao
dizer:
“o
pré-tribulacionismo é amplamente baseado em argumentos de inferência e
silêncio.” (p. 31)
Os pré-tribulacionistas
argumentam que a tribulação é a “ira de YHWH” e que a igreja não sofrerá
a “ira de YHWH” (Rm. 5:9; 1 Tess. 1:10 e 5:9-10; Jo 5:24). Ao usar este
argumento, os pré-tribulacionistas ignora o fato de que o anti-messias, uma das
maiores figuras da tribulação, é a ira do demônio (Ap. 12:12; 13:2).
Eles também ignoram o fato de que
o Messias nos salvará desta ira ao destruir o anti-messias em sua segunda
vinda. Além disto, ignoram ainda o fato de que pelo contexto, a ira da qual o
Messias nos salva é através da justificação em seu sangue para que possamos ser
salvos (Rm. 5:9). Aqui, claramente a ira é o Lago de Fogo, e não a tribulação.
(Jo. 5:24 usa a palavra “condenação”, mas o mesmo argumento também se
aplica.)
Vigiai, pois, em
todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas
coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. (Lucas
21:36)
Este argumento, baseado no texto acima
de Lucas, foi usado primeiramente pela inventora do arrebatamento pré-tribulacionista,
uma menina de 15 anos, que distorceu este versículo em sua discussão com Darby.
O versículo diz “… em todo o tempo, orando, para que possais escapar de
todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do
homem.”
Mesmo que partíssemos do
pressuposto de que “todas estas coisas” se referisse à tribulação, ainda
assim teríamos erros. Primeiramente, se o pré-tribulacionismo fosse correto,
não seria necessário orarmos para escaparmos destas coisas. Em segundo lugar, a
passagem simplesmente diz “escapar” e não “ser tirado da terra”,
e muito provavelmente refere-se à sobrevivência.
Porém, na realidade, “escapar
de todas estas coisas” é simplesmente escapar dos pecados que poderiam
fazer alguém estar em apostasia na ocasião da segunda vinda (vide como Lucas
21:34-36 fala claramente disto) e não da tribulação.
Os pré-tribulacionistas também apontam
para Ap. 3:10:
Porquanto
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da
provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam
sobre a terra.
Contudo, a palavra “guardar”
não significa “remover da terra”. Muito pelo contrário, a própria
escolha desta palavra indica uma sobrevivência auxiliada/facilitada/garantida
pelo ETERNO.
A RUACH HAKODESH (ESPÍRITO
SANTO) REMOVIDA DO CAMINHO?
Este argumento também foi usado
pela menina de 15 anos que inventou o arrebatamento pré-tribulacionista.
Este argumento insere ideias no
texto, ao invés de extraí-las do texto. Neste caso, os pré-tribulacionistas
supõe que o “um” em 2 Tess. 2:7 é a Ruach HaKodesh (Espírito Santo).
Ora, isto é uma pura suposição em todos os aspectos! Por esta leitura maluca, o
anti-messias seria revelado (2 Tess. 2:8) e a tribulação começaria após a
igreja (com a Ruach HaKodesh dentro dela) ser removida em um arrebatamento
pré-tribulacionista.
A inventora do arrebatamento pré-tribulacionista
propôs esta ideia após ter uma esquisita “visão” na qual ela recebeu uma
“revelação” (exatamente como acontece com todas as seitas), de que “e
então será revelado esse iníquo” vem imediatamente após “estarão dois
numa cama; um será tomado, e o outro será deixado…” (Lc. 17:34; Mt.
24:40-41). A inventora do arrebatamento pré-tribulacionista ensinava que um
arrebatamento parcial ocorreria com quem estivesse “cheio do Espírito
Santo”. Ela falsamente identificou o “tomado” de Lc. 17:34-35 e Mt.
24:40-41 com o "tomado” de 2 Tess. 2:7.
O grande absurdo disto está no
fato de que aqueles que são “tomados” em Lc. 17:34-35 e Mt. 24:40-41 não
tem nada de “cheios do Espírito Santo” como alega a falsa profetisa,
muito pelo contrário! São comparados aos que foram “tomados” pelo
dilúvio nos dias de Noach/Noé (Mt. 24:39). O problema é que as pessoas não
continuam a ler o texto de Mt. 24, caso contrário veriam que esta passagem
indica que os que serão “tomados”, o serão pela ira, como foi no
dilúvio. Ou seja, são os iníquos que serão “tomados” e não a igreja.
Seus corpos alimentarão as aves de rapina (Lc. 17:37) na segunda vinda do
Messias (Ap. 19:17-18,21).
Apesar do impedimento ser de
alguma forma removido em 2 Tess. 2:7, não há absolutamente NADA que aponte para
a remoção da Ruach HaKodesh (Espírito Santo).
ARGUMENTOS ALEGÓRICOS DESCABIDOS
Ao não conseguirem provar seus
argumentos com uma leitura literal das Escrituras, os pré-tribulacionistas
tentam basear seus argumentos puramente em alegorias. Em um deles, os
pré-tribulacionistas dizem que Yochanan (João) representa a igreja e que ele
está sendo “arrebatado” antes da descrição da tribulação. Além de
completamente absurda, esta alegoria não tem a menor base textual.
O argumento de Chanoch (Enoque)
também é pura alegoria. É um argumento que diz que Chenoch foi transladado
antes do dilúvio. Os pré-tribulacionistas dizem que Chenoch (Enoque) é igual a
igreja e o dilúvio igual a tribulação. Porém tanto a Bíblia quanto o próprio
livro de Chenoch (Enoque) identificam que o dilúvio representa o Dia do
Julgamento e os dias que antecedem ao dilúvio (os chamados dias de Noach/Noé)
representam a tribulação.
Além disto, este argumento tem
outro problema: Eliyahu (Elias) também foi transladado, só que DEPOIS de
sobreviver um período de tribulação (2 Re. 2:9-11) dos quais 3 anos e meio são
muitas vezes usados em analogia ao segundo período da tribulação de 7 anos.
Alguns acadêmicos messiânicos têm
lutado para tentar encontrar evidências de um arrebatamento pré-tribulacionista
alegórica e supostamente presente em costumes judaicos. Um deles envolve Rosh
HaShannah e o Yom Kippur, outro ainda o casamento judaico. Estas são
fracas tentativas de encontrar uma alegoria para algo que não tem NENHUM
suporte no Peshat (sentido literal) da interpretação de qualquer passagem, o
que não pode acontecer segundo o próprio Judaísmo. É bem claro que este
conceito não é um conceito que tem raízes judaicas, tendo sido inventado no
Cristianismo do século dezenove.
ARREBATAMENTO DA IGREJA OU
REAJUNTAMENTO DE ISRAEL?
Para entender a verdade sobre o arrebatamento
é importante entender exatamente que evento é esse. O Cristianismo geralmente
ensina que o Arrebatamento é da Igreja, mas a verdade é que o arrebatamento
é o reajuntamento sobrenatural de Israel na volta do Messias. Um exame
sério das Escrituras deixa isso bem claro.
O Tanach prevê um tempo em que
HaShem reajuntará Israel “dos quatro cantos da terra” (Isaías 11:12) e “das
partes mais longínquas debaixo dos céus” (Deuteronômio 30:4).
A Torah diz que o Messias os “tirará”
das outras nações (Deuteronômio 30:4). A palavra “trazer” aqui no
hebraico significa uma ação de força.
O Targum Yerushalayim (tradução
comentada da Torah para o aramaico) interpreta esta passagem como HaShem “vos
ajuntará pela mão de Eliayahu (Elias)… e então Ele vos trará pela mão do Rei
Messias.”
De acordo com os comentários do
Rashi, isto significa que eles serão arrastados através do ar pela mão do
Messias para a terra. Será este evento o arrebatamento?
EVIDÊNCIAS DE QUE O ARREBATAMENTO
SE REFERE A ISRAEL
A primeira evidência de que o “trazer”
em Devarim (Deuteronômio) 30:4 é justamente o arrebatamento é encontrada nas
palavras de Mateus 24:31:
E ele enviará os
seus anjos com grande clangor do shofar, os quais lhe ajuntarão os escolhidos
desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Este versículo também se
assemelha a Mc. 13:27, e identifica aqueles que são “ajuntados” como
sendo “os Eleitos”. O termo “Os Eleitos” nas Escrituras é um
eufemismo, uma referência a Israel.
Encontramos o termo “Os
Eleitos” se referindo à Israel nos seguintes versículos:
1. Dt. 7:6, 10:15 e 14:2;
2. Is. 41:8-9, 42:1, 43:2f, 45:4
e 65:9-22;
3. Sl. 135:4;
4. 1 Pe. 2:9 = Is. 43:20f e Dt.
10:15;
Fica bem claro pelas 10 passagens
acima que “Os Eleitos” refere-se a Israel. Em 1 Tess. 4:17, Paulo usa o
termo “nós”, termo o qual ele costuma usar para se referir a ele e aos
seus compatriotas judeus (vide Atos 17:1-4)
A segunda evidência de que o arrebatamento
se refere ao reajuntamento de Israel é a da trombeta. Uma trombeta é soada no arrebatamento
em 1 Tess. 4:16-17 e 1 Cor. 15:50-55, tal como em Mt 24:31 e Ap. 11:15. De
acordo com o Tanach uma trombeta é também tocada no reajuntamento de Israel:
Naquele dia ADONAI
debulhará as suas espigas desde as margens do Eufrates até o ribeiro do Egito,
e vocês, israelitas, serão ajuntados um a um. E naquele dia soará uma grande
trombeta. Os que estavam perecendo na Assíria e os que estavam exilados virão e
adorarão a ADONAI no monte santo, em Yerushalayim. (Isaías 27:12-13)
A terceira evidência que
identifica o arrebatamento como sendo na realidade o reajuntamento de Israel é
o da ressurreição dos mortos. O arrebatamento é acompanhado pela ressurreição
(vide 1 Tess. 4:16-17 e 1 Cor 15:50-55). O reajuntamento de Israel também
inclui a ressurreição dos mortos, conforme visto nas passagens abaixo:
1. Ezequiel 37:1-14;
2. Isaías 25:1-12;
3. Oséias 13:9-14:9;
Na realidade, 1 Cor. 15:54-55
cita Isaías 25:8 e Oséias 13:14. O uso destes versículos em 1 Cor. 15:54-55 é
também importante por causa de sua finalidade. Como podem os
pré-tribulacionistas crerem que a morte termina antes do início da Tribulação?
Existe ainda, como evidência de
que o arrebatamento é o reajuntamento de Israel: aqueles que são “arrebatados”
em 1 Cor. 15:53 tornam-se imortais, mas no reinado do Milênio também haverá
mortais (Isaías 65:20). Se a igreja é arrebatada em 1 Cor. 15:53 e torna-se
imortal, então quem são os mortais de Isaías 65:20?
A prova final de que o arrebatamento
é na realidade o reajuntamento de Israel no retorno do Messias e é encontrado
no texto de Mateus 24:31 e em Mc. 13:27, o texto cita as expressões “dos
quatro cantos da terra” (Isaías 11:12) e “das partes mais longínquas
debaixo dos céus” (Deuteronômio 30:4) exatamente das passagens do Tanach
que descrevem o reajuntamento de Israel.
O QUE REALMENTE VAI
ACONTECER
Aqui está um resumo cronológico
dos eventos descritos neste artigo:
1. Imediatamente após a
tribulação (Mt. 24:29; Mc. 13:24), o Messias aparecerá no céu (Dn. 7:13-14; Mt.
24:29-31; Mc. 13:24-27; 1Tess. 4:16-17)
2. Haverá o toque da trombeta
final (Ap. 8:2; Ap. 11:15; Mt. 24:31; Is. 27:13; 1Tss. 4:16-17; 1 Cor. 15:52)
3. Haverá a ressurreição (1Cor.
15:50-55; 1Tss. 4:16; Ap. 20:4-6; Is. 25:8; Os. 13:14; Ez. 37:1-14)
4. Haverá o reajuntamento ao
Messias no céu (Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; 2 Tss. 2:1; 1 Tss. 4:17)
5. Logo após isto o Messias irá
em direção à Terra Prometida com muitos dos seus santos (Jd. 1:14-15; 1 Tss.
3:13; Ap. 19:11-16; Zc. 14:4-5)
6. Depois disto, é estabelecido o
Reino do Milênio (Ap. 20:1-3,7)
CONCLUSÃO
Fica BEM CLARO
pelas Escrituras que o evento conhecido como arrebatamento, nada mais é do que
o reajuntamento de Israel na Terra Prometida, na ocasião do retorno do Messias,
e não um (falso) arrebatamento pré-tribulacionista da Igreja.
Por Dr. James S.
Trimm
Traduzido e Adaptado
por Sha’ ul Bentsion
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