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O ARGUMENTO ANTI-MISSIONÁRIO DESMONTADO: A PROVA BÍBLICA DA DIVINDADE DE YESHUA

  Muitas vezes, ao estudarmos sobre Yeshua (Jesus), somos confrontados com o argumento de que Ele não é divino. A ideia é que Ele seria apenas um homem justo, um profeta especial, ou, no máximo, "alguém vindo de Deus, mas não Deus" .   Mas será que essa lógica se sustenta quando olhamos para o que as próprias Escrituras afirmam?   Neste estudo, vamos refutar essa ideia de forma clara, bíblica e irrefutável, focando nas Suas próprias palavras e no entendimento de Seus contemporâneos.   1. O Senhor dos Profetas: O Lamento de Yeshua   Vamos começar com a história que Yeshua conta em Mateus 21: A Parábola da Vinha.   Yeshua descreve um dono de vinha (Elohim) que envia seus Servos (os profetas) para Israel. Os lavradores (a liderança de Israel) maltratam, ferem e matam esses Servos. Por fim, o Dono envia Seu Filho, que também é rejeitado e morto.   Essa parábola é a história espiritual de Israel:   Elohim envia profetas ...
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O CHAMADO DE AGEU

    O livro do profeta Ageu é um dos menores da Tanach, mas a sua mensagem é de uma profundidade impressionante, especialmente o capítulo 1, onde o profeta convoca o povo de Israel a refletir sobre as consequências de sua negligência espiritual. O cenário é o retorno do exílio babilônico. Os judeus estavam de volta à sua terra, porém, em vez de restaurarem o Templo de YHWH, haviam se dedicado em primeiro lugar às suas próprias casas, negócios e interesses pessoais. Foi nesse contexto que veio a palavra de YHWH por meio de Ageu:   Ora, pois, assim diz YHWH Tzeva’ot: Considerai os vossos caminhos. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado. Assim diz YHWH Tzeva’ot: Considerai os vossos caminhos. Ageu 1:5–7   O profeta revela aqui uma realidade desconfortável: o povo trabalhava, mas sem fruto; buscava satisfação, mas perm...

A CORAGEM DE ABANDONAR O ÓDIO

  O ódio é uma emoção poderosa, capaz de consumir não apenas a quem o odeia, mas também a sociedade como um todo. Em uma era marcada por conflitos étnicos e religiosos, a mensagem da porção da Torá, a Parashá Ki Tetzê, soa mais relevante do que nunca. Nela, Moshê (Moisés) instrui o povo de Israel com uma ordem surpreendente:   Não abominarás o edomita, pois é teu irmão; nem abominarás o egípcio, pois estrangeiro foste na sua terra. Deuteronômio 23:7   Essa ordem pode parecer simples à primeira vista, mas carrega uma profundidade imensa, especialmente considerando o contexto histórico. O povo egípcio, sob o domínio do Faraó, havia escravizado os israelitas, submetendo-os a um regime brutal de trabalho forçado e, em um ato de genocídio, ordenou que todos os meninos hebreus fossem jogados no Nilo.   Como, então, a Torá poderia instruir o povo a não odiar seus opressores?   O rabino Jonathan Sacks, em sua análise perspicaz [1] , oferece a chave p...

UM MITO QUE INSISTE EM SOBREVIVER

    A crença na Terra plana, apesar das esmagadoras evidências em contrário, continua a cativar uma pequena, mas vocal, parcela da população. Este artigo busca desmistificar essa noção, utilizando uma abordagem multifacetada que abrange a sabedoria da tradição judaica, a clareza das Escrituras Sagradas, as incontestáveis descobertas da ciência e, por fim, uma análise dos fatores psicológicos que perpetuam essa crença.   A Perspectiva Judaica: Um Universo Esférico e Infinito   A tradição judaica, com sua rica tapeçaria de textos e interpretações, oferece uma visão de um universo complexo e esférico, que se distancia radicalmente da concepção de uma Terra plana. As fontes clássicas e medievais frequentemente descrevem os céus e a Terra como esféricos, em harmonia com as observações astronômicas da época.   Maimônides (Rabino Moshe ben Maimon), um dos maiores pensadores judeus da Idade Média, em sua obra " Mishneh Torá ", aborda a astronomia com um ri...

OUVIDOS QUE ESCUTAM, CORAÇÕES QUE JULGAM

  A Parashá Shoftim (Devarim 16:18–21:9) oferece um conjunto fascinante de orientações para construir uma sociedade justa: magistrados, profetas, reis, cidades de refúgio, regras de testemunho, procedimentos de guerra e soluções para assassinatos não resolvidos formam a espinha dorsal da sociedade israelita [1] .  Em essência, trata-se de um manual prático para a vida comunitária e pessoal, mas que transcende a simples organização social, revelando-se como uma fonte profunda de sabedoria ética e espiritual, capaz de moldar corações, orientar decisões e alinhar a justiça humana com os valores eternos de Elohim.   Justiça que se Ouve e se Vive   Moisés começa esta porção ordenando juízes em cada cidade, exigindo que sejam imparciais e acessíveis. “ Tzedek tzedek tirdof ” — “justiça, justiça perseguirás” — é o fio condutor: a lei deve ser aplicada com integridade e sensibilidade, sem privilégios ou medo.   Essa visão ecoa não só nos ensinamentos rabí...

A GRANDE COMISSÃO: UMA PERSPECTIVA JUDAICA

Mateus 28:19 é um dos versículos mais debatidos e, talvez, mal compreendidos do Novo Testamento. Para muitos, a "Grande Comissão" é vista como a base do proselitismo cristão e, em particular, da doutrina trinitária. No entanto, ao examinarmos esta passagem com os olhos do primeiro século, imersos no contexto judaico de Yeshua e de Seus talmidim (discípulos), a mensagem se revela em uma luz totalmente diferente, mais rica e surpreendente.   O objetivo desse artigo é desmistificar a famosa ordem de Yeshua, para oferecer uma correta interpretação da sua famosa frase:   Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (Mateus 28:19-20)   Para começar, é fundamental entender que Yeshua não era um mestre grego ou romano, mas um rabino galileu, e Seus discípulos eram judeus. Sua missão, portanto, deve ser compreendida à luz do Tanach (o “A...

A VIRTUDE INTRADUZÍVEL

    No coração da Parashá Re'eh, em meio às leis do ano de shemitah (o ano de "libertação" das dívidas), reside um dos pilares mais significativos do judaísmo: o princípio da tzedacá .   Se houver um pobre entre os seus irmãos em qualquer uma das cidades da terra que YHWH, o seu Elohim lhe dá, não endureça o coração nem seja mesquinho com ele. Ao contrário, seja generoso e empreste-lhe generosamente o que lhe faltar, conforme a sua necessidade. (Deuteronômio 15:7-8)   A tzedacá está no cerne da compreensão judaica das mitzvot de bein adam le-chavero , os deveres interpessoais. É uma ideia que, embora remonte a quatro mil anos, permanece profundamente relevante e desafiadora. Para compreendê-la, é fundamental mergulhar em sua origem e significado.   Tzedacá e Mishpat: O Caminho de Elohim   O fundamento da tzedacá encontra-se em um dos textos mais reveladores do judaísmo, em Bereishit (Gênesis). Nele, a Torá explica a escolha de Abraão: ...