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Mostrando postagens de outubro, 2021

UMA BREVE ANÁLISE DA PROPOSTA DO SHABAT LUNAR

  No judaísmo da internet destinado a simpatizantes, surgiu uma forma de se observar o Shabat (sábado) que tem atraído muitas pessoas e a observação desse Shabat é um tanto curiosa. Nesse modelo, geralmente as pessoas aguardam a Lua Nova para determinar o dia 1º do mês. A partir desse dia contam sete dias para começar a observar o Shabat semanal. Nesse modelo, os dias 8, 15, 22 e 29 após a Lua Nova serão sempre shabatot (sábados) semanais.   Os propagadores desse modelo de guarda do Shabat mostram muitos versículos da Torá para fundamentarem essa nova maneira de observar o Shabat. E para muitas pessoas, se está na Torá, então é verdade.   Porém, existe uma expressão que diz: um texto fora de contexto é um excelente pretexto. Por isso devemos analisar com mais calma determinados artigos. Principalmente quando o assunto é Shabat. Pois um ensinamento que envolve a guarda do Shabat implica mudanças drásticas diante do ETERNO. Assim, decidi avaliar alguns pontos. Não...

COMEÇANDO A JORNADA

    Sarah, a companheira constante de Abraão ao longo de suas viagens, morre. Ele tem 137 anos. Nós o vemos lamentar a morte de Sarah, porém ele não fica parado. Ele se envolve em uma elaborada negociação para comprar um terreno para enterrá-la. Como a narrativa deixa claro, esta não será uma tarefa simples. Ele confessa ao povo local, hititas, que é “um imigrante e residente entre vocês” (Gn 23:4), o que significa não ter o direito de comprar terras. Será necessária uma concessão especial da parte deles para que o faça.   Os hititas educadamente, mas com firmeza, tentam desencorajá-lo. Ele não precisa comprar um cemitério: “Ninguém entre nós vai negar a você seu cemitério para enterrar seus mortos.” (Gen. 23:6) Ele pode enterrar Sarah no cemitério de outra pessoa. De forma igualmente educada, mas não menos insistente, Abraão deixa claro que está determinado a comprar terras. No final, ele paga um preço altamente inflacionado (400 siclos de prata) para fazer isso....

QUANDO YESHUA ELIMINOU A KASHRUT DA TORAH?

    O termo hebraico kashrut se refere simplesmente as leis dietéticas da Torah, ou seja, ao plano de YHWH de separação entre os animais impuros dos animais limpos.   Estas instruções dietéticas, elencadas em Levítico capítulo 11 foram desenhadas por YHWH com o fim de refletir Sua Santidade, ser um distintivo de obediência em meio a uma geração perversa, assim como a proteger o Seu povo das enfermidades que as nações pagãs estavam contraindo devido a sua maneira de se alimentar.   A Kashrut também é um dos sinais existentes na congregação escatológica, à qual tem sido chamada para viver em obediência a YHWH, mediante uma santidade pessoal e prática.   Posto que muitos dos chamados “pais da igreja” ensinaram e hoje seus discípulos ainda continuam ensinando que “a Igreja” tem substituído Israel quanto às promessas e os propósitos, uma progressão natural desta falsa premissa tem sido que se manter kasher é um legalismo judaico.   Se crermo...

CAPACIDADE NEGATIVA

  Escrevi sobre a Akedá (Aqedah - Heb. הָדֵקֲע , lit. "ligação de Isaque” ) muitas vezes, cada vez propondo uma interpretação um pouco diferente da oferecida pelos comentaristas clássicos e eu faço isso por uma razão simples.   A Torá e Tanach geralmente consideram o sacrifício de filhos um dos piores males. Esse sacrifício era amplamente praticado no mundo antigo. Em 2 Reis 3: 26-27, lemos como o rei moabita Messa, no curso da guerra contra Israel, Judá e Edom, sacrificou seu filho mais velho ao deus Quós. Se a vontade de Abraão sacrificar seu filho tivesse o objetivo do julgamento, então, em termos do sistema de valores do próprio Tanach, ele não se mostraria melhor do que um rei pagão.   Além disso, o nome Abrão significa "pai poderoso" . A mudança de nome para Abraão pretendia significar "pai de muitas nações" . Elohim disse que escolheu Abrão " para que ele instrua seus filhos e sua família depois dele a seguirem o caminho do Senhor" ,...

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE MORAR NO CÉU?

    1) Elohim não deu o Céu aos homens:   Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a ele aos filhos dos homens. (Tehilim/Salmo 115.16).   2) O Céu é o trono de Elohim:   O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? (Ma’aseh HaShilichim/Atos 7.49).   3) Aqui habitarão os que esperam no Senhor:   Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra. (Tehilim/Salmo 37.9).   4) Justos herdarão a Terra:   Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre. (Tehilim/Salmo 37.29).   5) Yeshua e David disseram que os mansos herdarão a Terra:   Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. (Mattityahu/Mateus 5.5) [...] mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz. (Tehilim/Salmo 37.11).   6) Os remidos pelo Mashiach (Messias) aqui reina...

O PAI DE YESHUA E A SEMENTE DE DAVID

  O texto bíblico deixa claro que Yeshua nasceu de uma virgem. Devemos tomar cuidado porque frequentemente tiramos conclusões que vão além do que afirma o texto bíblico.   O nascimento virginal é um importante sinal que foi dado para confirmar profeticamente a vinda do Mashiach. Aliás, desde os primórdios, nascimentos milagrosos permeiam a vida do povo de Israel. Yitschak (Isaque), por exemplo, nasceu de forma milagrosa, de um casal estéril e de idade avançadíssima.   Tais milagres comprovam a bênção de Elohim sobre a semente israelita de forma absolutamente inconfundível. Como era possível a Avraham (Abraão) saber que a promessa que recebera tinha de fato vindo de Elohim?   Os sinais acompanham a profecia para confirmá-la, porém temos que tomar cuidado para não irmos em nossas conclusões além daquilo que a Bíblia nos afirma.   O nascimento virginal imediatamente leva muita gente a concluir que Yeshua não teve um pai biológico. Porém, a Bíblia nã...