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Mostrando postagens de novembro, 2022

DEIXANDO A LUZ ENTRAR

    Por que Jacó? Essa é a pergunta que nós fazemos repetidamente ao lermos as narrativas do Gênesis. Jacó não era como Noé: justo, perfeito em suas gerações, aquele que andava com Elohim. Ele não deixou, como Abraão, sua terra, sua terra natal e a casa de seu pai em resposta a um chamado divino. Ele não se ofereceu como sacrifício, como Isaque. Ele também não tinha o ardente senso de justiça e disposição para intervir como no início da jornada de Moisés. No entanto, somos definidos para sempre como os descendentes de Jacó, os filhos de Israel. Daí a força da pergunta: Por que Jacó?   A resposta, parece-me, está sugerida no início da parashá desta semana. Jacó estava no meio de uma jornada, entre um perigo e outro. Ele havia saído de casa porque Esaú havia jurado matá-lo quando Isaque morresse. Ele estava prestes a entrar na casa de seu tio Labão, o que por si só o apresentaria a outros perigos. Longe de casa, sozinho, ele estava em um ponto de vulnerabilidade máxima. Ao pôr do s

SEGUINDO O RABINO YESHUA

    Introdução   Nos dias atuais, embora todos aqueles que creem em Yeshua digam estarem dispostos a segui-lo, na realidade poucos o fazem. Existe uma grande diferença entre crer em Yeshua e decidir ser talmid (discípulo de Yeshua). Muitos estão satisfeitos com apenas crer, mas a realidade é que Yeshua nos convida a muito mais do que isto. Ele nos convida a segui-lo.   Mas, afinal, o que significa ser um talmid (discípulo) de Yeshua? Este pequeno estudo visa justamente auxiliar a esclarecer o que era ser um talmid (discípulo) de Yeshua no primeiro século. Afinal, Yeshua não espera que sejamos diferentes daquilo que eram os seus talmidim (discípulos) originais. Seu chamado ao discipulado não mudou e nunca mudará até o Seu retorno.   Um Talmid no Primeiro Século   Nossa imagem de um talmid (discípulo) pode ser a de um homem barbado, trajando um robe e sandalhas. Ou pode ser simplesmente a imagem de um dos Doze que seguiam a Yeshua. Costumamos pensar no discipulado

A COMUNICAÇÃO É IMPORTANTE

    O Netziv (Naftali Zvi Yehuda Berlin, 1816-1893, reitor da yeshiva em Volozhin) fez a observação astuta de que Isaque e Rebeca pareciam sofrer de falta de comunicação. Ele observou:   “O relacionamento de Rebeca com Isaque não era o mesmo entre Sara e Abraão ou Raquel e Jacó. Quando eles tinham um problema, não tinham medo de falar sobre ele. Não é assim com Rebeca. ” (Ha'amek Davar para Gen. 24:65)   O Netziv percebeu essa distância desde o primeiro momento em que Rebeca vê Isaque, enquanto ele está “ meditando no campo” (Gn 24:63), momento em que ela desce do camelo e “se cobre com um véu” (Gên. 24:65). Ele comenta: “Ela se cobriu de admiração e de uma sensação de inadequação, como se sentisse indigna de ser sua esposa, e a partir de então essa apreensão estava fixada em sua mente”.   O relacionamento deles, sugere o Netziv, nunca foi casual, franco e comunicativo. Como resultado disso, em uma série de momentos críticos houve falhas na comunicação. Por exemplo

ENOQUE, MOISÉS E ELIAS... ONDE ESTÃO?

    E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo[...] Hebreus 9:27   Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Romanos 5:12   Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados no Messias. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, em um abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 1 Coríntios 15:22,51-53   O homem, a princípio, foi criado para viver eternamente. Contudo, com sua opção pelo pecado, acabou por encontrar a morte. Como somos da mesma natureza de Adão, igualmente haveremos de passar pela morte.

ATENDENDO A CHAMADA

  Abraão foi o primeiro grande líder do futuro povo judeu. Ele assumiu a responsabilidade e não esperou que outros agissem.   A história inicial da humanidade é apresentada pela Torá por uma sequência de decepções. Elohim deu liberdade aos seres humanos e eles a usaram mal. Adão e Eva comeram o fruto proibido. Caim assassinou Abel. Dentro de um tempo relativamente curto, o mundo antes do Dilúvio tornou-se dominado pela violência. Toda carne perverteu seu caminho na terra. Elohim criou a ordem, mas os humanos criaram o caos. Mesmo depois do Dilúvio, a humanidade, na forma dos construtores de Babel, foi culpada de arrogância, pensando que as pessoas poderiam construir uma torre que “atingisse o céu” (Gn 11:4).   Os humanos falharam em responder a Elohim, que é onde Abraão entra em cena. Não temos certeza, no início, para o que Abraão é convocado a fazer. Sabemos que ele é ordenado a deixar sua terra, local de nascimento e casa de seu pai e viajar “para a terra que eu lhe mostr

O CHAMADO DE ABRAÃO

  Quando entramos na porção da Torá - Lech Lecha, inicia-se uma fase totalmente nova. Até agora, vimos a intervenção de Elohim no julgamento: tanto no dilúvio quanto na história da torre de Babel, Elohim castigou o homem pelo seu pecado e rebelião. Mas quando Elohim chamou Abrão, Ele interveio pessoal e ativamente na misericórdia, não no julgamento.   A eleição e seleção do que se tornaria o povo de Elohim, começa aqui. A partir deste ponto, a relação de Elohim com os filhos de Abrão dominará o restante da Bíblia, apesar do fato de que a Bíblia também deixa claro que o objetivo final desse relacionamento é a restauração do mundo inteiro.   A importância de Abraão, tanto no Judaísmo como no Cristianismo, não pode ser superestimada. Muitas questões centrais para ambas as religiões estão ligadas à figura de Abraão. Tanto o Judaísmo como o Cristianismo afirmam ser os verdadeiros descendentes de Abraão e ambos reivindicam a aliança que Elohim iniciou com Abraão como sua herança es

O ERRO DO SHABAT LUNAR

    Neste estudo estaremos analisando o sábado lunar, o qual afirma que para determinar quando cai cada sábado, temos que observar a lua nova de cada mês e não a contagem ininterrupta dos dias da semana. Isto nos levaria a celebrar o Shabat em qualquer dia da semana de sete dias normais, podendo cair o sábado, por exemplo, em um domingo ao invés do sábado, como normalmente se celebra. Esta forma de observar o sábado tem sido despertada entre alguns seguidores de YHWH e me vi na necessidade de fazer este estudo.   Em primeiro lugar, analisaremos o mandamento e logo em seguida a forma Bíblica que se utiliza para contabilizar o tempo e assim determinar quando cai o Shabat bíblico.   Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat de YHWH teu Elohim; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez YHWH os céu